11 Agosto 2024, Domingo

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Câmara de Setúbal aprova suspensão parcial do PDM 1994 para instalação de projectos de energias renováveis

Câmara de Setúbal aprova suspensão parcial do PDM 1994 para instalação de projectos de energias renováveis

Câmara de Setúbal aprova suspensão parcial do PDM 1994 para instalação de projectos de energias renováveis

Na calha está a construção de uma central fotovoltaica e outa de produção de hidrogénio verde na zona de Poçoilos

 

O concelho de Setúbal quer receber dois projectos para produção de energias renováveis. Trata-se de “uma central fotovoltaica, de 24 megawatts de potência nominal, com recurso a energia solar e entrega total da produção à Rede Eléctrica de Serviço Público, e também de uma central de produção de hidrogénio verde, com 7,23 megawatts e capaz de produzir 870,6 toneladas de hidrogénio verde por ano”.

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Adianta a autarquia, que os dois projectos, num investimento total superior a “35,5 milhões de euros”, vão incidir em “45,87 hectares na zona de Poçoilos” e estão na calha para avançarem depois de, na reunião de câmara, a 19 de Janeiro, ter sido aprovada a “suspensão parcial do Plano Director Municipal” (PDM), de 1994.

Ainda sobre a área de implementação dos dois projectos, está considerado “um conjunto de prédios rústicos e urbanos, de uso industrial, classificados no mesmo PDM”.

Refere a autarquia que o documento de gestão do território cuja regulamentação está vigente, “impossibilita a concretização de ambos os projectos”. Mas com a decisão de “suspensão parcial para esta área protegida” os dois projectos ficam “viabilizados”.

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Entretanto, a Câmara de Setúbal, gerida pela CDU, assume “adoptar medidas preventivas por esta ocupação estar de acordo com a revisão do PDM de Setúbal”. Refere o documento aprovado, por unanimidade (CDU, PS e PSD), que “importa assegurar a viabilização de dois projectos de investimento estratégico na área das energias renováveis perspectivados para a área de Poçoilos, que não poderiam ser viabilizados à luz do PDM ainda em vigor.

Salienta-se que, os respectivos compromissos de concretização não são compagináveis com a pendência do processo de ratificação e que, por isso, justificam a presente suspensão do PDM e a adopção de medidas preventivas de natureza antecipatória”.

Em nota de Imprensa, a autarquia indica que o município de Setúbal “já aprovou, em Setembro de 2021, a revisão do PDM, mas o mesmo ainda não se encontra em vigor por estar dependente de ratificação do Governo”.

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A isto acrescenta que o novo PDM já introduz “um regime-regra de localização e instalação de equipamentos para a produção ou ensaio de energias alternativas não poluentes em qualquer espaço do território municipal”, e conclui sobre a proposta agora aprovada: “Estes projectos vão ao encontro dessa estratégia e permitirão contribuir para a prossecução dos interesses públicos em matéria energética e climática, constituindo uma mais-valia económica e um factor de desenvolvimento local”.

O próximo passo é submeter esta deliberação à apreciação da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região de Lisboa e Vale do Tejo, para emissão de parecer, e posterior aprovação pela Assembleia Municipal de Setúbal.

O valor do investimento na central fotovoltaica ronda os 17,5 milhões de euros, enquanto na de central de produção de hidrogénio supera os 10,6 milhões de euros, comparticipados em 5 milhões de euros por fundos comunitários, através do PO SEUR, a que acrescem 7,4 milhões de euros para a execução da componente fotovoltaica que vai gerar a energia necessária para o respectivo funcionamento.

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