PS e PSD votaram contra e inviabilizaram a aprovação do documento. Gestão CDU considera que a decisão da oposição “compromete o desenvolvimento do concelho”
Já há um município no Distrito de Setúbal obrigado a arrancar no novo ano com o orçamento de 2021. Em Grândola, o documento previsional da gestão CDU para 2022 foi chumbado na Assembleia Municipal, na última sexta-feira, pela oposição (PS e PSD) em maioria no órgão.
“Esta votação obriga a que o município inicie 2022 com o orçamento do ano anterior (3 milhões [de euros] inferior ao proposto para o novo ano, sem rubricas novas e desajustado da realidade actual). Esta situação implicará atrasos e constrangimentos na gestão da autarquia e colocará em causa a implementação imediata de um conjunto alargado de medidas, acções e projectos que iriam contribuir para o desenvolvimento do concelho e para a melhoria da qualidade de vida da população”, revelou a Câmara Municipal, em nota de Imprensa.
António Figueira Mendes, presidente da autarquia, lamenta o sentido de voto da oposição. “O orçamento proposto para 2022 era o maior e um dos melhores orçamentos de sempre – que iria continuar a investir fortemente na reabilitação urbana de todo o concelho e implementar medidas e projectos de grande importância para a população – como seria a forte aposta na habitação”, considerou o edil comunista, citado na mesma nota.
Para o autarca, a decisão de PS e PSD “irá prejudicar os grandolenses”. Até porque, juntou, a aprovação do documento “é determinante para aumentar o bem-estar dos munícipes”. A concluir, Figueira Mendes deixa um apelo a socialistas e social-democratas: “Iremos continuar a envidar todos os esforços, tal como até agora, para alcançar consensos e convergências. Esperamos que os dirigentes partidários percebam o que está em causa e que coloquem os interesses da população acima dos interesses partidários”.