“Temos de ser mais competentes e organizados do que o adversário”, diz Pedro Gandaio
Após a derrota com o Amora, o Vitória defronta hoje, pelas 20:30 horas, o U. Leiria, em partida da 13.ª jornada da série B da Liga 3. Diante do actual líder da competição, os comandados de Pedro Gandaio, que continua a ter inúmeros jogadores impedidos de dar o contributo à equipa, querem reencontrar já os êxitos para que possam acercar-se mais do topo da tabela.
Na hora de dar a receita, o timoneiro dos sadinos é peremptório: “Em primeiro lugar, temos de ter confiança e ser ousada, temos de ser uma equipa grande. Depois temos de ter mais vontade e correr mais do que eles, por fim, temos de ser mais competentes e mais organizados do que o adversário”, vincou ao jornal O SETUBALENSE.
Depois do 3-0 alcançado em Alverca, de que forma poderá a derrota do passado domingo com o Amora (1-0) ter afectado a confiança da equipa?
Assim como não podemos ficar eufóricos pela vitória perante o Alverca, também não devemos colocar tudo em causa depois da derrota com o Amora. Não fizemos tudo bem contra o Alverca, também não fizemos tudo mal contra o Amora. Não fomos iguais a nós mesmos, estivemos muito abaixo do que vínhamos a fazer nos dois jogos anteriores. Identificámos o que aconteceu, agora temos de voltar às exibições que tivemos antes do Amora.
Quais as principais dificuldades que espera encontrar contra o U. Leiria?
O U. Leiria é uma equipa muito bem organizada e sabem muito bem o que têm de fazer nos diferentes momentos do jogo. As ideias estão muito claras nos seus jogadores. E como jogam com um sistema de três centrais obrigam a que tenhamos de ter especial atenção quando estivermos sem bola. Quando tivermos bola, terão de ser eles a preocuparem-se com o Vitoria.
Pelo que tem feito, considera este adversário o principal candidato ao primeiro lugar desta série?
Têm sido a equipa mais consistente nos resultados, e como tal, penso que estão em primeiro merecidamente.
Considera que nesta fase é proibido a equipa desperdiçar pontos ou pensa que ainda é cedo para pensar dessa forma?
Ainda falta muito campeonato, mas não podemos andar a desperdiçar pontos como temos vindo a desperdiçar. Todos os pontos interessam, e se podemos somar os três pontos, não podemos trazer só um e quando não podermos trazer os três pontos, pelo menos que tragamos um.
Sente que a sobrecarga de jogos já está a afetar o rendimento da equipa ou nem por isso?
Sem dúvida. Acredito que no jogo do Amora, além das péssimas condições do terreno – não entendo como é que a Federação Portuguesa de Futebol não permite o Amora jogar na sua casa e depois permite jogar num relvado naquelas condições (já não somos os primeiros a falar nas condições do relvado) –, o número elevado de jogos, para uma equipa com tantos jogadores acima dos 30 anos, naturalmente que afecta. E ainda temos mais três jogos para fazer este mês.
O que tem a equipa de fazer para vencer na sexta-feira?
Em primeiro lugar, temos de ter confiança e ser ousada, temos de ser uma equipa grande. Depois temos de ter mais vontade e correr mais do que eles, por fim, temos de ser mais competentes e mais organizados do que o adversário.
Depois de terem marcado três golos ao Alverca, a equipa ficou a zeros com o Amora. Até que ponto é importante rectificar já a eficácia?
É muito importante, até porque para ficarmos com os três pontos, pelo menos temos de marcar um e não sofrer nenhum. Desde que sou o treinador, foi o primeiro jogo em que não fizemos golo nenhum. Não é normal na nossa equipa, e por isso, temos de mudar isso já.
De que forma consegue gerir um plantel com tantos jogadores impedidos de dar o contributo à equipa?
Há dois tipos de dor de cabeça: uma quando se tem muitas opções e a dor de cabeça é boa e a segunda quando se tem tão poucas opções. A gestão passa por tentar não perder mais ninguém.
Qual o ponto da situação em relação às “baixas” (algum jogador recuperou e pode voltar agora ou, pelo contrário, tem mais algum impedido)?
As nossas “baixas” serão as mesmas que eram no jogo do Amora (Mano, Miguel Lourenço, François, João Marouca, Zequinha, Badara e Kamo Kamo).
Que apelo gostaria de fazer aos adeptos antes do duelo com o líder da prova?
No sucesso é fácil apoiar a equipa, mas os verdadeiros adeptos estão lá nestas alturas para voltar a puxar a equipa para cima. O adepto sadino é apaixonado, exigente, mas muito apaixonado e como tal o apelo que faço é que venham ao Bonfim apoiar a nossa equipa na sexta-feira porque os jogadores irão demonstrar que o jogo de domingo foi um dia mau. Aquele jogo não espelha a verdade desta equipa, que, acreditamos, estará de volta na sexta-feira.
Equipas e adeptos oferecem presentes à APPACDM de Setúbal
Numa iniciativa da Federação Portuguesa de Futebol, o jogo entre o Vitória e o U. Leiria para a Liga 3 será palco de uma iniciativa que tem como objectivo ajudar a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM).
As três equipas – sadinos, leirienses e árbitros –, vão entrar no relvado com 26 presentes que terão como finalidade serem doados àquela associação sadina.
Os promotores da iniciativa apelas aos adeptos que forem ao Estádio do Bonfim para trazerem brinquedos de forma a serem doados às crianças da APPACDM. À entrada do estádio estará um depósito apropriado para deixar os presentes.
Comunicação do Vitória distinguida pela FPF
O Vitória foi esta semana distinguido com o prémio de Comunicação do mês de Novembro da Liga 3 por parte da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
O prémio foi instituído pela FPF na época 2021/2022 para premiar os Clubes que melhor comunicam e elevam os valores da competição sob o lema “puro futebol”.
O prémio é um reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pelo Vitória com o “precioso contributo do grupo de voluntários que tudo têm dado de si em prol do clube”, referem os sadinos, agradecendo “todos os que têm contribuído para elevar o nome do clube com muito amor e paixão”.