Nos últimos três anos foram investidos perto de três milhões de euros para potenciar um desenvolvimento continuado
O Colégio Campo de Flores, na Charneca de Caparica, Almada, solidificou a sua posição no ranking das 500 Maiores Empresas do Distrito de Setúbal com um sólido 307.º lugar. João Rafael Almeida, director da instituição reage com satisfação a esta performance. “Premeia o empenho de toda uma equipa que prima pela disponibilidade”.
Por outro lado, acrescenta, “reconhece o acerto da nossa estratégia empresarial que passa por assumir o investimento em melhoria contínua como uma receita e não como uma despesa. Nos últimos dez anos investimos cerca de três milhões euros (só em IVA despendemos 700 mil euros).
Assim continuaremos, com toda a racionalidade financeira”. Foi em 1967 que o Colégio Campo de Flores abriu as portas. O edifício nasceu e cresceu na Quinta de S. Francisco dos Matos, no Lazarim, Caparica.
A fundadora, Maria Helena Almeida, apaixonada pelo “Método de Leitura João de Deus” e por toda a sua obra, gostou muito do nome Campo de Flores não só como homenagem pela obra do poeta e pedagogo, como também pela localização do colégio ser no campo e as flores serem as crianças.
No seu início, a instituição não tinha a dimensão que hoje apresenta. Começou a funcionar com 150 alunos, hoje a população escolar supera os 1100 alunos. No começo eram leccionadas apenas as classes pré-primárias e primárias, como então se designavam.
Logo durante o primeiro ano verificou-se a necessidade de proceder à sua ampliação, necessidade esta que se foi repetindo e realizando pelos tempos seguintes, até atingir a dimensão que hoje exibe.
Uma vida cheia para os seus fundadores, Ricardo de Almeida (já falecido) e Maria Helena, que, apesar de estar já reformada, ainda aparece para ” matar saudades” e acompanhar a sua escola.
“Os actuais gestores e directores do são dois dos seus filhos, que sabem estar a concretizar este sonho com enorme dependência da permanente dedicação e competência de todos os seus colaboradores. O nosso lema, ‘mais saber, mais valer”, deve ser entendido como o compromisso que todos assumimos com a exigência, o rigor, o optimismo e o conhecimento para melhor servirmos a sociedade.”
O Colégio Campo de Flores tem no seu ADN o factor inovação, mas, frisa João Rafael Almeida, a estabilidade também é um princípio essencial para a instituição.
“Nós não revolucionamos todos os anos, preocupamo-nos mais com o desenvolvimento continuado do que com rupturas desmesuradas e inopinadas. O nosso grande acelerador pedagógico (de competências e de conhecimentos) é o nosso “Programa i” que passa pela utilização de IPad’s (tabletes) em sala de aula; este ano demos mais um salto na operacionalização deste programa ao instalarmos 65 ecrãs interactivos (em todos os espaços pedagógicos do Colégio) num investimento aproximado de cem mil euros. Para além desta ferramenta dedicamos cada vez mais energia com a formação contínua dos nossos colaboradores”, refere.
O sector é fortemente concorrencial. Para se ser competitivo cada instituição tem de se apresentar ao mercado com características próprias e diferenciadoras. O director considera que o colégio preenche esses requisitos e que se impõe sem qualquer tipo de arrogância.
“A forma como gerimos as ‘nossas’ pessoas, sejam os alunos, as suas famílias e os nossos colaboradores revela-se a nossa força. Não que tudo seja perfeito, mas achamos que conseguimos um bom equilíbrio em que impera a humildade, a vontade de aprender sempre através da escuta activa de todos os intervenientes nos nossos vários processos”.
“Assentamos, deste modo, na cumplicidade organizacional para fazer passar o nosso principal objectivo: tornar a nossa comunidade escolar como autodidacta, no sentido de conseguir a auto-regulação académica, social e emocional percebendo o que estamos a fazer bem, o que podemos melhorar e como o devemos fazer. No fundo achamos que não somos melhores que os nossos concorrentes pois todos queremos concretizar muito bem a nossa missão”.
Com historial que remonta a 1967, João Rafael Almeida, revela o segredo desta significativa longevidade e os desafios e metas principais para o futuro.
“A nossa instituição é de índole familiar com as virtudes e defeitos que acarreta. O segredo é muito simples: fazemos o que gostamos e queremos, o resto flui. O futuro apresenta desafios importantes nomeadamente na gestão dos recursos humanos pois a escassez dos mesmos leva-nos a criar uma estratégia de recrutamento, gestão e retenção dos nossos talentos que nos permitam assegurar os nossos projectos futuros”.
“Estamos certos de que iremos garantir sempre a maior qualidade científica e humana destes recursos. Se a autarquia de Almada for colaborante, iremos no próximo ano investir 700 mil euros num pavilhão desportivo muito importante para nós”, conclui.