Ambição: “Queremos em Maio, no final desta competição, estar todos a festejar”
Cinco anos e meio depois de ter actuado pela última vez com a camisola do Vitória FC, o defesa Miguel Lourenço não vê a hora de voltar a jogar oficialmente pelos sadinos. Contratado no passado mês de Julho, o central, que esteve até há pouco tempo sob vigilância departamento médico, já se encontra apto a dar o seu contributo à equipa, podendo, caso o treinador Pedro Gandaio o entenda, estrear-se no sábado (15 horas) na recepção ao U. Santarém.
Apesar da sua vontade em estrear-se o quanto antes na presente temporada pelo Vitória, de Miguel Lourenço, de 29 anos, sublinha que o mais importante, independentemente de quem jogue, é colocar sempre o objectivo colectivo em primeiro lugar. “Sabemos que há um longo e difícil caminho pela frente, mas queremos em Maio, no final desta competição, estar todos a festejar”.
O central, que passou um total de 10 épocas no clube, entre os escalões de formação e a equipa principal, assegura que existe uma relação saudável num plantel em que Bruno Bernardo e François têm sido os homens mais utilizados no eixo da defesa. “O espírito da equipa está como sempre esteve. Com foco máximo e grande amizade e irmandade entre todos nós”.
Numa competição que se antevê muito equilibrada e complicada para todos os intervenientes, Miguel Lourenço frisa que só com uma grande atitude e empenho a equipa poderá conseguir a meta a que se propõe no final da temporada. “Sabemos que só assim poderemos alcançar os nossos objectivos. Esta Liga 3 pode e traz-nos muita coisa positiva e muita competitividade entre todos nós”.
Quando a 14 de Maio de 2016 jogou pela última vez pelo Vitória, ajudando os sadinos a empatarem (0-0) com o Paços de Ferreira e a alcançarem a permanência da prova na derradeira jornada da I Liga de 2015/16, o atleta dificilmente conseguiria prever que volvidos cinco anos e meio estaria de volta a Setúbal para actuar pelo emblema que o lançou como profissional.
A 14 de Agosto de 2021, numa publicação que fez no seu Instagram por ocasião da estreia do clube na Liga 3, o jogador confessou o seu desejo de “retribuir” o que o clube lhe proporcionou. “Mais uma época que começa! Com o propósito de retribuir tudo o que este clube e cidade me deram. Seguimos juntos no nosso caminho, caminho esse que será longo e difícil mas tudo faremos para deixar o Vitoria mais perto do seu lugar”.
Em 2016/17, por empréstimo do Vitória, o defesa rumou ao Zira FK, equipa do primeiro escalão do Azerbaijão. Após a aventura azeri, já desvinculado dos sadinos, assinou um contrato com o União da Madeira, clube em que apontou dois golos em 16 partidas. Nas três épocas seguintes (2018/19 a 2020/21), representou o Mafra, sempre na II Liga, totalizando nesse período 43 partidas.
Natural da Quinta do Conde, no concelho de Sesimbra, Miguel Lourenço começou por actuar nas escolinhas do AD Quinta do Conde, a que se seguiu o Fernão Ferro e o EFAP, ingressando depois nos sub-15 do Vitória, clube que representou de 2006/07 a 2015/16 com empréstimos pelo meio ao Casa Pia, em 2011/2012, e Santa Clara, em 2013/2014.
Refira-se que como sénior, o central tem no Vitória o clube que mais vezes representou (51 jogos). Enquanto vestiu de verde e branco, Miguel Lourenço foi internacional jovem por Portugal em três ocasiões nos sub-16, outras três nos sub-17, duas nos sub-18 e cinco nos sub-21.
Entretanto, o plantel vitoriano continua a preparar a estratégia a colocar em prática frente ao U. Santarém, que segue na última posição da série B da Liga 3, com quatro pontos conquistados em sete jornadas. Apesar de estarem na cauda da tabela, os ribatejanos vão jogar no Bonfim depois de terem imposto uma igualdade (1-1) ao Amora na ronda anterior, resultado que interrompeu uma série de cinco desaires consecutivos.
Recorde-se que o encontro com o U. Santarém é referente à quinta jornada da competição, que estava 2 de Outubro. O adiamento deveu-se ao falecimento da mulher do capitão do Vitória, José Semedo. Depois de os sadinos terem solicitado a alteração da data do encontro, tanto a Federação Portuguesa de Futebol como o emblema ribatejano acederam ao pedido dos setubalenses.