26 Junho 2024, Quarta-feira

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Maria João Regalo: “Queremos retomar o caminho ascendente que tínhamos alcançado no início de 2020”

Maria João Regalo: “Queremos retomar o caminho ascendente que tínhamos alcançado no início de 2020”

Maria João Regalo: “Queremos retomar o caminho ascendente que tínhamos alcançado no início de 2020”

Vereadora da Câmara do Barreiro afirma que decréscimo de passageiros dos TCB foi de 35% devido à pandemia

 

Maria João Regalo, vereadora eleita em Setembro para integrar o executivo da Câmara do Barreiro, além de ter a seu cargo a divisão de Recursos Humanos e o Gabinete de Inovação, Desenvolvimento Económico e Turismo da autarquia, integra também o conselho de administração dos TCB. A socialista junta-se assim ao presidente do município, Frederico Rosa (PS), e ao vice-presidente Rui Braga. Em entrevista a O SETUBALENSE, a responsável fala dos impactos da pandemia nesta rede de transportes e sobre o futuro do serviço.

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Como encara a atribuição das funções de vogal do conselho de administração dos Transportes Colectivos do Barreiro (TCB) e quais são as grandes metas para este mandato?

Encaro com normalidade. Passei pelo sector bancário, estive na Autoridade Tributária e há 18 anos que geria uma empresa, portanto, estou em perfeitas condições de assumir a responsabilidade para a qual fui incumbida pelo presidente de Câmara e do conselho de administração. Numa primeira fase, em termos de metas, a nossa aposta é na consolidação do caminho que vinha a ser traçado antes da pandemia, com os novos investimentos que foram feitos, até porque estávamos numa curva ascendente de crescimento. Queremos equilibrar contas, continuarmos a prestar um serviço cada vez melhor aos barreirenses e retomar o caminho ascendente que tínhamos alcançado no início de 2020, e o nosso objectivo e convicção é que poderemos aumentar o número de passageiros.

Já é possível identificar os prejuízos resultantes do período da pandemia, tendo em conta o facto de os transportes nunca terem parado?

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Os prejuízos foram muitos e este sector foi um dos mais afectados. Nos TCB, em Março de 2020, quando tivemos todos que confinar, tratámos de ajustar rotas, mudar horários, preparar as viaturas às imposições sanitárias e os nossos trabalhadores corresponderam inteiramente. É por isso que os TCB são um grande símbolo da cidade e uma grande empresa. Agora é tempo de recuperar, de equilibrar contas e entrarmos novamente numa cena de crescimento. Tínhamos feito um investimento muito grande ao nível da frota, o passe único era uma conquista recente, mas tivemos esta vicissitude que a todos atingiu.

Qual foi a diferença entre o número de passageiros que utilizaram os TCB no ano de 2020 por comparação com os anos anteriores?

Em 2020 o valor estimado – já que houve um período durante o qual ENTREVISTA MARIA JOÃO REGALO não foram feitas validações, entre Março e Maio –, foi de sete milhões, o que representa um decréscimo de 35% relativamente ao que tínhamos verificado em 2019. Mas mais importante que o número de passageiros que perdemos é a noção de que os TCB estiveram 366 dias ao serviço dos barreirenses no ano passado.

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Que investimentos estão previstos para 2022 a nível da frota e em matéria de trabalhadores e oficinas?

Temos uma frota nova, totalmente movida a gás natural e fizemos um investimento enorme também no posto de abastecimento. A este nível estamos servidos, no entanto, não colocamos de parte novos investimentos e estamos atentos a possíveis formas de financiamento que possam vir do Plano de Recuperação e Resiliência ou do PT2030, e como tal, todas essas hipóteses estão em cima da mesa. No que diz respeito aos trabalhadores, temos tido algumas saídas fruto de pessoas que vão se reformando, com longas carreiras nos TCB e, como tal, a curto prazo é preciso colmatarmos essas saídas. Não pondo em causa o equilíbrio financeiro, estão também previstos investimentos na adaptação e ampliação das oficinas.

Os TCB comemoram em 2022 o seu 65.º aniversário. De que forma conta o executivo assinalar esta efeméride?

Tomámos posse há um mês e ainda não pensámos nisso, porque temos estado focados em trabalhar e recuperarmos o mais depressa possível os números que estávamos a alcançar em 2020. Podemos garantir que, quando chegar a altura, essa data será comemorada com a dignidade que os TCB merecem.

O que vai continuar a ser feito nesta área, em termos ambientais, para um futuro cada vez mais sustentável?

Estamos na vanguarda em matéria de mobilidade sustentável e, em sequência disso, estamos atentos a qualquer inovação que possa surgir e que nos seja colocada à disposição, não pondo em causa o serviço que prestamos à população e tendo em conta o equilíbrio das contas. Esta é uma situação que temos que acompanhar e estar atentos, porque efectivamente a perca de passageiros e de receita foi muita, sendo que muitos dos nossos custos são fixos.

Os TCB já prestam serviço fora do concelho. Que balanço faz da estratégia de alargamento?

Genericamente o balanço tem sido positivo, graças ao facto de termos uma nova frota de veículos, constituída por mais autocarros, e que nos oferecem maior fiabilidade, sendo que dos 60, um total de 47 veículos estão sempre ao serviço. Essa estratégia faz parte da ambição da empresa, tendo sempre em conta que não vamos pôr em causa o serviço que prestamos no concelho. Se pudermos de forma consistente abranger novos concelhos, poderemos fazê-lo.

Que mensagem quer deixar aos barreirenses de incentivo à utilização do transporte colectivo?

As questões ambientais estão na ordem do dia e faz cada vez mais sentido usarmos o transporte colectivo em detrimento de outras formas de transporte. Penso que os barreirenses têm a noção que poucos concelhos do País têm uma rede nas condições em que temos no Barreiro e isso é algo muito positivo.

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