Trabalhadores voltam a fazer greve por verem as suas reinvindicações ignoaradas pela administração e pelo Governo
Os trabalhadores da Transtejo vão voltar à greve parcial, de três horas por turno, entre segunda e sexta-feira, por verem as suas reivindicações ignoradas pela administração da empresa e pelo Governo.
De acordo com a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), os trabalhadores “voltam à luta porque durante quase um ano a administração/Governo ignoraram as reivindicações dos trabalhadores e as soluções que lhes foram apresentadas”.
As reivindicações dos trabalhadores são referentes a este ano, “que podem ser suportadas pelos orçamentos da empresa e do Estado”, pelo que a situação entretanto criada de marcação de eleições “não inviabiliza situações, basta haver vontade do Governo”, refere o sindicato.
A greve foi marcada em plenário de trabalhadores realizado a 14 de Outubro passado, sendo que na altura não tinha sido ainda estabelecido quais os cinco dias em que se iria realizar a paralisação.
As greves parciais de três horas por turno iniciam-se na segunda-feira, dia 08, e prolongam-se até sexta-feira, dia 12.
No site da empresa, a Transtejo avança que “não é possível garantir o serviço regular de transporte fluvial” durante a realização da greve, sendo que os terminais e estações vão estar encerrados durante os mesmos períodos “por motivos de segurança”.
Os trabalhadores da Transtejo, juntamente com os da Soflusa, fizeram várias greves parciais durante este ano, a última das quais em 21 de Setembro, devido a falhas nas negociações salariais entre a administração da empresa e os sindicatos, tendo o Ministério do Ambiente reunido igualmente com os sindicatos na tentativa de desbloquear a situação.
A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no Distrito de Setúbal, e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital.
As perturbações dos serviços entre Lisboa e os municípios da margem sul, no Distrito de Setúbal, servidos por transporte fluvial têm sido frequentes em Setembro e Outubro, atingindo o Montijo, o Seixal e Cacilhas e Trafaria, em Almada, devido à falta de recursos humanos, segundo a empresa.
RCP (RCS/SSM(FAC) // JNM