13 Agosto 2024, Terça-feira

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Setúbal foi a segunda capital de distrito do País com maior redução de habitações para venda

Setúbal foi a segunda capital de distrito do País com maior redução de habitações para venda

Setúbal foi a segunda capital de distrito do País com maior redução de habitações para venda

Alex Gaspar

Oferta desceu 29% em apenas um ano. Diminuição justificada com aumento de vendas nos últimos meses. Menor disponibilidade de stock pode levar a subida de preços

 

Setúbal foi a segunda capital de distrito em Portugal – só suplantada por Évora – com maior redução do número de casas para venda, entre os meses de Setembro de 2020 e 2021. Os dados são avançados num estudo publicado pela plataforma Idealista, marketplace imobiliário do sul da Europa. Como consequência desta diminuição da oferta, é expectável uma subida dos preços das habitações nos próximos tempos.

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“O aumento da venda de casas nos últimos meses contribuiu para uma redução de stock de habitação disponível nas capitais de distrito portuguesas na ordem dos 7% em apenas um ano”, revela o Idealista, de acordo com o estudo realizado. Em Setúbal, durante o referido período, houve uma diminuição de cerca de 29% do número de habitações para venda.

“As maiores descidas da oferta de casas – e consequentemente, onde poderá aumentar a tensão nos preços – foram registadas em Évora e em Setúbal, já que o stock das casas para vender desceu na ordem dos 30% e 29%, respectivamente”, indica o marketplace imobiliário com base no estudo realizado. Depois de Évora e Setúbal, com maior redução de habitações disponíveis para venda, vêm Santarém (-23%), Faro (-20%), Leiria (-19%), Bragança (-18%) e Portalegre (-14%). “A redução da oferta de casas no mercado também foi significativa em Braga (-11%), Porto (-9%) e Viana do Castelo (-8%)”, indica o Idealista.

De resto, as capitais de distrito que apresentaram “uma menor descida da oferta de imóveis” no mesmo período “foram Viseu (-7%), Ponta Delgada (-7%), Lisboa (-5%), Beja (-4%) e Aveiro, onde a oferta de casas para vender também diminuiu 4%”.

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Em termos globais, adianta o Idealista, “a oferta passou de 58 mil e 570 casas à venda, em Setembro de 2020, para 54 mil 804 no mesmo mês deste ano, o que poderá fazer prever uma subida nos preços das casas no médio prazo”.

Ainda assim, ressalva a plataforma do ramo imobiliário, “não existe um padrão homogéneo em todas as capitais de distrito”, até porque “em cinco delas o stock de casas à venda apresentou uma subida”, com Vila Real a liderar este indicador. “O maior aumento da oferta aconteceu em Vila Real, onde os compradores têm, agora, mais 87% de casas disponíveis no mercado do que em Setembro de 2020. Segue-se Coimbra (38%), Guarda (12%) e Castelo Branco (9%). Por último, o Funchal apresentou uma subida de stock de casas para vender de 6%”, conclui.

Sector da construção afectado pela pandemia mas em menor escala do que outros

O sector da construção também foi afectado na sua actividade pelos constrangimentos gerados pela pandemia de covid-19, de acordo com a informação disponível entre Março de 2020 e Fevereiro deste ano publicada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Contudo o impacte sofrido foi em menor escala relativamente a outros sectores.

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“Embora com menos intensidade que o observado noutros sectores abrangidos pelos inquéritos qualitativos de conjuntura do INE, também na construção houve uma redução dos níveis de confiança na construção, que em termos médios foi de -17,3 pontos [percentuais] nesse período relativamente ao ano precedente”, lê-se na edição deste ano das Estatísticas da Construção e Habitação 2020 que o INE apresenta. No entanto, “o sector da construção revelou alguma resiliência, registando valores médios de licenciamentos muito próximos da média dos 12 meses anteriores à pandemia e estimando mesmo um aumento dos edifícios concluídos”, indica o INE no documento.

Segundo os dados estatísticos publicados, “também o valor das transacções de habitações continuou a aumentar, embora a uma taxa mais reduzida e os preços mantiveram uma tendência positiva”.

Já no que toca ao emprego no sector da construção foi registado, entre Março de 2020 e Fevereiro último, um aumento de “3,8%”, sendo que “a remuneração bruta total cresceu 5,7% (+7,7% e +10,9%, no mesmo período pré-pandemia)”. A remuneração bruta média mensal, ainda de acordo com o INE, “foi 969 euros, correspondendo a um aumento face ao período pré-pandémico (952 euros)”.

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