28 Junho 2024, Sexta-feira

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Primeiras reuniões de André Martins como presidente da Câmara de Setúbal visam ‘resolver’ Hospital de São Bernardo

Primeiras reuniões de André Martins como presidente da Câmara de Setúbal visam ‘resolver’ Hospital de São Bernardo

Primeiras reuniões de André Martins como presidente da Câmara de Setúbal visam ‘resolver’ Hospital de São Bernardo

O hospital regista grande afluência desde sábado

Além da ruptura das urgências e outros serviços, a ampliação da unidade hospitalar de Setúbal vai ser um dos temas em cima da mesa

Humberto Lameiras / Maria Carolina Coelho

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As primeiras reunião de André Martins, como presidente da Câmara Municipal de Setúbal, vão ser com o presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Setúbal, Manuel Roque, e com o director clínico demissionário Nuno Fachada. As reuniões estão marcadas para segunda-feira, 11 de Outubro, de manhã, e têm como objectivo a análise conjunta para tentar resolver os problemas do Hospital de São Bernardo.

Além da situação de “ruptura das urgências e outros serviços primordiais do hospital”, como referiu Nuno Fachada no encontro de quarta-feira entre os directores de serviço do Hospital de São Bernardo, a Ordem dos Médicos e sindicatos, para avaliar o contexto funcional da unidade, as reuniões de André Martins vão ter em cima da mesa o atraso do arranque das obras de ampliação do Hospital de São Bernardo, uma promessa do Governo, que já chegou a ter calendarização, mas que continua em estado de promessa.

O sucessivo adiamento das obras de ampliação do hospital foi um dos temas apontados no encontro de quarta-feira, pelo presidente da secção sul da Ordem dos Médicos, Alexandre Valentim Lourenço, pelo bastonário da Ordem, Miguel Guimarães, e também por Nuno Fachada.

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Com Alexandre Valentim Loureiro a lembrar os sucessivos atrasos na ampliação do Hospital de São Bernardo e na requalificação do serviço de urgência, que, ao longo dos últimos quatro anos, têm sido sucessivamente adiadas, também o bastonário apontou este impasse.

Disse Miguel Guimarães que o Hospital de Setúbal, embora não seja caso único no País, está numa situação “aguda”, sendo que uma das respostas para resolver as necessidades das pessoas passa precisamente por obras de ampliação. “Deixo um apelo ao Ministério da Saúde para que, rapidamente, resolva esta situação”.

Por outro lado, Nuno Fachada defendeu que “as obras de alargamento do Centro Hospitalar de Setúbal, com início previsto para o próximo ano”, devem servir para “promover e potenciar o crescimento do Hospital de São Bernardo” e “não poderão nunca servir para condensar o resto do centro hospitalar”.

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Na sua opinião “seria trágico ver as ansiadas obras servirem para agravar o pesadelo já existente”, acrescentou, deixando claro que a ampliação prevista “não terá capacidade para encaixar o Hospital Ortopédico do Outão e o serviço ambulatório de psiquiatria”.

Os problemas no Hospital de São Bernardo, tanto em falta de clínicos como pela exiguidade das instalações há muito que tem vindo a público, mas tomou maior dimensão após visita recente do bastonário da Ordem dos Médicos. Miguel Guimarães mostrou-se indignado por ter visto várias macas com doentes nos corredores da unidade hospitalar de Setúbal, e disso deu voz.

Dias depois, em protesto pela falta de condições no hospital, o director clínico do Centro Hospitalar de Setúbal, Nuno Fachada, demitiu-se e seguiram-se mais 86 médicos, naquilo que ficou entendido como um “grito” de revolta pela situação de “ruptura” da unidade. Um protesto que envolveu a restante direcção clínica, directores de serviço e departamentos, coordenadores de unidade e comissões e ainda chefes de equipa de urgência.

Entretanto, o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, em requerimento enviado à Comissão Parlamentar de Saúde, solicitou, “com carácter de urgência, a audição dos vários profissionais demissionários do Centro Hospital de Setúbal”.

O BE apelidou de “remedeio” o anúncio feito pelo Governo na segunda-feira, e “em jeito de resposta à demissão do director clínico”, de que “vai recrutar dez médicos de diferentes especialidades para o Centro Hospitalar de Setúbal e lançar o concurso internacional para as obras de ampliação”.

“Para o Bloco de Esquerda, parece óbvio que, apesar desta tentativa de remedeio do Governo, este Centro Hospitalar, não pode continuar à espera e a depender apenas de anúncios, projectos sem visão para o futuro ou financiamentos desprovidos de propostas concretas”, criticou.

Para os bloquistas, é urgente “uma resposta efectiva aos graves problemas da instituição no seu todo”, evitando assim, no futuro, demissões idênticas àquelas que são agora conhecidas.

A consolidar a afirmação do bastonário da Ordem dos Médicos, de que a situação no Hospital de Setúbal não é única no País, o Sindicato Independente dos Médicos alertou ontem para “dezenas de situações” de hospitais com falta de profissionais de saúde, apontando, além de Setúbal, os casos de Beja, Algarve, Alentejo e Vila Franca de Xira como os mais graves.

Com Lusa

Instalação dos órgãos municipais é hoje defronte dos Paços do Concelho

Os órgãos municipais de Setúbal para o quadriénio 2021-2025 tomam posse hoje, às 17h30, em cerimónia na Praça de Bocage, frente aos Paços do Concelho. A instalação da Câmara e da Assembleia Municipal de Setúbal, resultantes das eleições autárquicas de 26 de Setembro, vai dar posse a André Martins (CDU) como novo presidente da câmara sadina, e Manuel Pisco CDU) como presidente da Assembleia Municipal.

Os resultados das autárquicas no concelho de Setúbal ditaram nova vitória da Coligação Democrática Unitária, embora tenha perdido a maioria absoluta conseguida em 2017.

A CDU elegeu cinco mandatos para a Câmara Municipal, o PS quatro, e na bancada do PSD vão sentar-se dois vereadores.

Para a Assembleia Municipal a CDU elegeu 12 deputados, o PS 10, o PSD 6, o Chega 2, o BE 1, o PAN 1 e a IL também 1 deputado municipal.

 

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