1 Maio 2024, Quarta-feira
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Fundação Inatel evoca Manuel da Fonseca em Santiago do Cacém

Hoje haverá uma tertúlia que contará com vários oradores. Amanhã terá lugar um espectáculo de poesia com mais de uma centena de  pessoas em palco e momentos de teatro, música, dança e cinema

 

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O Dia Mundial da Poesia é assinalado, hoje e amanhã, pela Fundação Inatel, em Santiago do Cacém, com uma tertúlia e um espectáculo para evocar a vida e obra do escritor Manuel da Fonseca. A 6.ª edição do evento “Poesia em Manuel da Fonseca”, segundo divulgaram os promotores, conta com várias iniciativas, durante estes dois dias, para “celebrar a vida e a obra do escritor e poeta”, natural de Santiago do Cacém, no litoral alentejano, e a “forma como canta as planícies alentejanas, as desigualdades sociais e a força resiliente dos alentejanos”.

“Todos os anos temos comemorado o Dia Mundial da Poesia celebrando o percurso de figuras marcantes da cultura portuguesa e com uma forte ligação aos territórios quer pelo que escrevem ou do ponto de vista da sua vida artística e cívica”, explicou o presidente da Fundação Inatel, Francisco Madelino, em declarações à agência Lusa

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Depois de uma homenagem ao poeta José Régio, em Portalegre, Miguel Torga, em Sabrosa (Vila Real), ou a Natália Correia, em Ponta Delgada (Açores), a Fundação Inatel dedica a programação deste ano a Manuel da Fonseca, escritor “profundamente ligado a Santiago do Cacém” e “uma figura muito conhecida entre a população”.

“Manuel da Fonseca tem uma obra ligada aos problemas da região alentejana, onde vivia, com uma militância social extremamente forte e são precisamente essas pessoas, que conviveram com o escritor nas discussões artísticas ou até em questões sociais que vão participar neste evento”, explicou.

 

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Programação

 

De acordo com a organização, a iniciativa abre hoje, Dia Mundial da Poesia, às 21h00, com a tertúlia “Celebrar Manuel da Fonseca”, onde participam vários oradores que “darão nota do percurso pessoal e literário do escritor” e autor do livro ‘Seara de Vento’, seguido de uma intervenção musical a cargo do Grupo Coral Vozes Além’Tejo.

O programa, que tem o apoio da Câmara de Santiago do Cacém, prossegue esta sexta-feira, com a realização do espectáculo “Poesia em Manuel da Fonseca”, às 21h00, que vai contar com mais de cem pessoas no palco do auditório Municipal António Chainho, em Santiago do Cacém.

O espectáculo, com direcção artística de Luís Cruz, inclui vários momentos de poesia, teatro, música, dança e cinema e a participação de vários artistas “muito ligados à região alentejana”, entre eles o mestre da guitarra portuguesa, António Chainho, também ele natural do concelho de Santiago do Cacém.

“Também vamos contar com a presença de Vitorino, que cantou Manuel da Fonseca, mas participarão igualmente forças vivas do concelho, como sociedades filarmónicas, grupos de cultura popular e de teatros locais para demonstrar esta relação entre os territórios, a cultura que lá é feita e a forma como desses territórios emergem pessoas como Manuel da Fonseca”, sublinhou Francisco Madelino.

Os alunos da Escola Secundária Manuel da Fonseca, de Santiago do Cacém, vão integrar o elenco do espectáculo, recitando poemas do escritor e “figura incontornável da literatura portuguesa”.

Durante o evento, a atriz Melânia Gomes ficará responsável pela leitura do Manifesto pela Poesia “Túnica Inconsútil”, texto inédito da escritora Maria de Fátima Candeias, vencedora da 12.ª edição do Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca, instituído pela Câmara de Santiago do Cacém.

 

 

Obras mostraram dureza da vida no Alentejo

Manuel Lopes Fonseca (1911-1993), conhecido no mundo das letras como Manuel da Fonseca, foi poeta, contista, romancista e cronista. Deixou obras como os romances “Cerromaior” (1943) e “Seara de Vento” (1958) e vários volumes de poesia e também de contos, como “O Anjo no Trapézio” (1968) ou “O Fogo e as Cinzas” (1953). Nas suas obras, marcadas pela intervenção social e política, relatou a dureza da vida no Alentejo, realidade que lhe era próxima.

 

Lusa

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