11 Agosto 2024, Domingo

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“O nome de Frei Agostinho da Cruz continua a ressoar”

“O nome de Frei Agostinho da Cruz continua a ressoar”

“O nome de Frei Agostinho da Cruz continua a ressoar”

Bispo de Setúbal nos 400 anos de morte e 480 anos do nascimento do frade franciscano da Arrábida

 

O ciclo das comemorações diocesanas dos 400 anos da morte e dos 480 anos do nascimento de Frei Agostinho da Cruz (1540-1619) foi encerrado no sábado à tarde na Igreja de S. Lourenço, em Azeitão, em cerimónia presidida por D. José Ornelas, Bispo de Setúbal.

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Na sua intervenção, o prelado sadino considerou Agostinho da Cruz “o nome mais emblemático da tradição contemplativa da Arrábida, que ainda hoje continua, com a sua poesia, a ressoar na vida e na oração da Igreja e a atrair quem quer que se interrogue sobre o sentido da vida e do mundo”.

Referindo-se à vivência de Frei Agostinho e dos seus irmãos franciscanos na Arrábida, D. José Ornelas referiu que eles “não se tornaram inúteis, não desistiram de viver e interagir com a sociedade, mas mudaram-se a partir de dentro e mudaram a montanha onde se inseriram, deram-lhe leitura nova e novo sentido e, no silêncio e na palavra em que o partilharam, passaram essa sua visão da vida, da fé imbuída de natureza, para o seu tempo e para os tempos futuros”.

A concluir a sua homilia, o Bispo de Setúbal defendeu a actualidade das palavras e do gesto do frade franciscano na “rejeição da violência”, na “ligação entre o homem e a natureza, a fim de nela e dela viver, a ela aperfeiçoar, sem a deturpar ou mutilar”, na busca de uma “estética do viver, do cantar, do rezar, que fascina e se perpetua dando vida, porque vem carregada de vida vivida e tornada palavra, para suscitar nova vida” e na necessidade de uma “atitude de integração e de busca de sentido que integra o local e o universal”.

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Ruy Ventura, comissário diocesano destas celebrações (iniciadas em 2019, ano do quarto centenário da morte de Frei Agostinho, e concluídas em 2021, em que passam os 250 anos sobre a publicação da sua primeira antologia), fez o balanço da actividade desenvolvida – publicação de quatro livros, organização de celebrações e de conferências, realização de uma exposição e de visitas guiadas, divulgação da obra poética do frade a nível nacional, apesar do tempo de pandemia, que limitou o programa inicialmente previsto.

A cerimónia contou com a partilha de poemas de Frei Agostinho, dois lidos por Dina Barco e um cantado por Teresa Salgueiro.

A celebração, presidida por D. José Ornelas, contou com os padres Rodrigo Mendes (de Santa Maria do Barreiro), Vítor Melícias e Hermínio Araújo (da Ordem dos Frades Menores) e com o diácono Jonas Cardoso (de Azeitão). Estiveram presentes neste evento a Presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, e o vereador da cultura, Pedro Pina, bem como o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Azeitão, Jorge Carvalho, e Ana Birrento, membro da Mesa da Misericórdia azeitonense.

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