Assembleia Geral presencial será realizada em breve para sócios decidirem futuro.
O Vitória Futebol Clube, que vai na presente temporada competir na Liga 3, confirmou um acordo de participação com o empresário Hugo Pinto na SAD de forma a assegurar a liquidez em 2021/22. Depois de O SETUBALENSE ter adiantado em primeira mão na edição de quinta-feira, o clube confirmou agora em comunicado publicado no fim-de-semana na página oficial do clube a parceira com o investidor do ramo imobiliário e hoteleiro.
A parceria é o reflexo do trabalho dos órgãos sociais, liderados por Carlos Silva que estão em funções desde Dezembro de 2020. “Sempre estivemos empenhados, desde o primeiro momento, mesmo perante as enormes dificuldades em que nos encontrávamos, como é do conhecimento público, na procura de soluções, quer para o Clube, quer para a SAD, sob pena de, a não se obterem, pôr em causa a sua ‘sobrevivência’”.
Na hora de explicarem as razões que levaram a avançar para esta solução, os responsáveis vitorianos frisam a importância de salvaguardar a temporada que se avizinha. “Sendo estritamente necessário salvaguardar a época 2021/2022, foi encontrada uma solução de recurso, através de um Acordo de Participação, outorgado com o Empresário Hugo Pinto”, lê-se no texto emitido pelo clube sadino.
O documento realça a importância do investidor do ramo imobiliário e hoteleiro, de 34 anos, na obtenção das declarações junto da Autoridade Tributária (AT) e Segurança Social (SS) que permitiram ao Vitória de Setúbal inscrever-se na Liga 3. “Este acordo, de um modo geral, assegura a liquidez necessária para fazer face aos custos desportivos da época 2021/2022, sendo os mesmos disponibilizados pelo empresário Hugo Pinto, para além das verbas necessárias à obtenção das certidões de não dívida da AT e da SS”.
O texto revela que foi cedida a gestão da SAD ao empresário Hugo Pinto que já revelou publicamente que vai formar com o atual presidente do clube, Carlos Silva, e o ex-atleta olímpico Francis Obikwelu a administração da SAD, sendo que todos os contornos do negócio serão em breve explicados aos associados do clube. “Foi acordada, como contrapartida, a cedência da gestão da SAD, por forma a permitir a prossecução do objecto contratual”.
E acrescenta: “Por fim, comunicamos que aguardamos, para breve, a realização de AG presencial para colocarmos à deliberação dos associados matérias absolutamente decisivas para o futuro do nosso clube, tais como a possível cedência de ações e, desse modo, podermos conjuntamente decidir o destino do nosso Vitória”, refere o comunicado assinado pela direcção do clube.
Entre as revelações que fez na entrevista concedida ao nosso jornal, realizada na passa quarta-feira na sala de imprensa do Estádio do Bonfim, em que também esteve presente o presidente do clube, Carlos Silva, Hugo Pinto avançou que o montante já colocado no Vitória “ronda os dois milhões de euros”, verba essa que permitiu obter as declarações das Finanças e Segurança Social, possibilitando a inscrição da equipa principal de futebol na Liga 3 na temporada 2021/22.
Questionado sobre os objectivos que tem para o clube, o empresário foi peremptório. “A curto prazo, precisamos de organizar e profissionalizar, que é o mais importante neste momento. Ter uma estrutura em que cada elemento saiba quais são os seus objectivos, missões e necessidades. A partir do momento em que a casa está arrumada é muito mais fácil trabalhar”, disse.
Sobre as metas a obter a médio e longo prazo Hugo Pinto apontou ao sucesso desportivo dentro do campo. “A médio prazo, o objectivo é só um: chegar à I Liga. Depende de nós é fazer uma equipa forte para num curto espaço de tempo, diria que no máximo de três anos, estarmos na I Liga. A longo prazo, queremos voltar às competições europeias. Sonhar, acreditar e lutar não custa”, avançou sem rodeios.
Primeira Taça de Portugal foi ganha há 56 anos
A primeira das três Taças de Portugal que o Vitória FC tem no seu palmarés foi ganha há 56 anos. O clube setubalense fez ontem, dia em que se assinalou a efeméride (4 de Julho de 1965), questão de recordar o feito, após o triunfo, por 3-1, alcançado sobre o Benfica, no Estádio Nacional.
Na equipa comandada pelo treinador Fernando Vaz, os golos verdes e brancos foram apontados por José Maria, Jaime Graça e Armando. Aplaudido pelo capitão das águias de então Mário Coluna, o capitão Jaime Graça ergueu o troféu que está exposto na sala de imprensa do Estádio do Bonfim.
Mais de meio século passados sobre a ocasião, o Vitória contabiliza agora três Taças de Portugal. Depois da obtida na temporada de 1964/65, o clube repetiu o feito em 1966/67 (3-2 à Académica após prolongamento) e 2004/05 (2-1 ao Benfica), partidas que também se realizaram no Estádio Nacional.