A Comissão de Trabalhadores (CT) da Autoeuropa e os sindicatos representativos na fábrica de Palmela defenderam hoje, em reunião conjunta, que a empresa deve retomar as negociações para um novo acordo laboral, face à rejeição do pré-acordo pelos trabalhadores.
Segundo revelou a CT, na reunião conjunta com o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), Sindicato Nacional da Indústria e Energia (SINDEL), Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE-SUL) e Sindicato dos Trabalhadores do Sector Automóvel (STASA), houve uma “tomada de posição unânime” para que seja retomado o processo negocial.
De acordo com o coordenador da comissão, Fausto Dionísio, “a Autoeuropa alega que, face à actual situação no grupo Volkswagen, não existem condições económicas para melhorar a proposta [do pré-acordo laboral]”, rejeitado pela maioria dos trabalhadores.
Questionado pela agência Lusa, Fausto Dionísio garantiu, no entanto, que não há intenção de submeter o pré-acordo que foi rejeitado a nova votação, ao contrário do que já se fez no passado, uma vez que os “trabalhadores entendem que o seu esforço deve ser reconhecido pela empresa”.
Em comunicado, a CT refere que a administração da fábrica de automóveis de Palmela diz que “não existem condições de voltar às negociações enquanto não resolver o problema da empregabilidade”.
“Nos próximos anos (2021/2022) existe um excesso de 300 trabalhadores com o fim do MPV (Multi-purpose Vehicle) e ainda com o programa de optimizações existentes na fábrica”, justifica a empresa, segundo refere o comunicado da Comissão de Trabalhadores.
GR / Lusa