“Vamos mais uma vez tentar a subida à II Liga”

“Vamos mais uma vez tentar a subida à II Liga”

“Vamos mais uma vez tentar a subida à II Liga”

 “Tenho contrato por mais um ano e vou continuar no Vitória”, revela.

 

O defesa Nuno Pinto, de 34 anos de idade, vai em 2021/22 cumprir a sua sétima temporada ao serviço do Vitória Futebol Clube. A revelação foi feita pelo próprio jogador na entrevista recente concedida à Sport TV, ocasião em que fez um balanço da época transacta e perspectivou o futuro nos verdes e brancos. “Tenho contrato por mais um ano e vou continuar no Vitória”.

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O lateral-esquerdo, que chegou a Setúbal em 2015/16 proveniente dos romenos do Astra Giurgiu, não hesitou na hora de traçar os objectivos para a temporada que se avizinha. “Subimos à Liga 3 e vamos, mais uma vez, tentar a subida à II Liga se assim nos permitirem”, disse o jogador que em 2020/21 ajudou o clube a vencer invicto a série H do Campeonato de Portugal e a discutir a fase de acesso à II Liga.

Apesar de antever uma luta acesa na Liga 3, competição em que o Vitória terá na fase inicial 11 adversários, Nuno Pinto mostra-se optimista e lembra a responsabilidade que há em envergar a camisola do clube. “Não é fácil porque vai ser um campeonato ainda mais difícil e competitivo que este ano. No entanto, o Vitória é sempre o Vitória, é um histórico e espero que rapidamente consiga voltar ao que sempre nos habituou e merece”.

Em jeito de balanço da época anterior, o defesa lamenta o facto de a meta interna traçada pela equipa não ter sido atingida. “As coisas não correram conforme os mais velhos esperavam que corresse, ou seja, subindo já à II Liga”, disse, admitindo a falta de organização. “Não é fácil, o plantel foi construído um bocadinho aos trambolhões. Não foi com objectivos definidos por direcções e estruturas, que não as tínhamos, mas pelos jogadores, principalmente os mais velhos, e a equipa técnica. Não conseguimos esse objectivo numa temporada muito difícil”.

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Não obstante, Nuno Pinto enaltece a campanha realizada por um plantel muito jovem. “Acabou por correr bem e fizemos uma fase regular sem derrotas. É preciso não esquecer que a nossa equipa tinha jogadores de 17 e 18 anos e muitos mais com menos de 21. Em momentos cruciais como era a fase de subida era preciso ter equilíbrio e nós não o tínhamos. Tínhamos jogadores muito experientes e outros muito novos, alguns a cumprir o seu primeiro ano de júnior”.

O brio de todos os que trabalharam no Bonfim permitiu à equipa lutar pela subida até ao derradeiro jogo. “O nosso orçamento não era dos maiores do campeonato. Dentro das nossas limitações, acho que fizemos um campeonato bom. Foi uma época de aprendizagem em relação a como se ultrapassam as adversidades, com muito amor, trabalho e sacrifício, principalmente para quem estava habituado aos níveis da I Liga. Todos tivemos de ter a humildade de sabermos onde estávamos e de saber que havia problemas e que se arranjavam as soluções”.

A descida administrativa do Vitória, da I Liga ao terceiro escalão, também teve implicações nefastas no seio do plantel. “Foi uma época difícil desde o início, ou melhor, desde a época anterior em que saiu a notícia que o Vitória desceria ao Campeonato de Portugal. Os tempos já não eram fáceis antes, com o clube na I Liga, mas, descendo ao Campeonato de Portugal, tornou-se muito complicado e difícil”.

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A este facto acresce a instabilidade directiva que levou a que o clube tivesse três presidentes num curto espaço de tempo. “Saiu um presidente [Paulo Gomes], entrou o seguinte [Paulo Rodrigues], que também saiu, e, felizmente, entrou em Dezembro outro presidente [Carlos Silva]. Bem ou mal, com muito trabalho e sacrifício, foram dando conta das despesas do clube e jogadores, pagando os salários e regularizando as coisas”.

O percurso de Nuno Pinto no Vitória ficou marcado pelo facto de lhe ter sido diagnosticado um linfoma em 2018/19, época em que esteve vários meses afastado dos relvados. “Não me agarrei ao problema, arranjámos soluções. Sempre fui uma pessoa positiva durante a minha vida e não era nessa altura que ia deixar de o ser. Com certeza foi isso que me deu mais força e garra para ultrapassá-lo. A dificuldade foi ultrapassada e marquei um golo e ganhei ao problema”.

O sucedido fê-lo “ver a vida de outra forma”, garante. “Alguns problemas que julgávamos ser muito grandes na realidade não passam de pequenos problemas que facilmente são resolvidos se não formos casmurros, teimosos e dermos o braço a torcer, não guardando rancores. A vida pode ser curta e o importante não é viver muitos anos, mas vivê-los bem. É esse o meu lema. Não vale a pena ter chatices com pequenas coisas e pormenores insignificantes. O importante é darmo-nos bem com toda a gente e fazer o bem, fazendo-o vamos recebê-lo a dobrar”.

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