Aprovada prestação de contas da Câmara durante sessão da Assembleia Municipal
A Assembleia Municipal do Barreiro aprovou na última quinta-feira, com os votos contra da CDU, a abstenção do Bloco de Esquerda, PAN e PSD, e os votos favoráveis do Partido Socialista e do MCI, os documentos de prestação de contas da autarquia barreirense relativos ao ano transacto, cujos resultados positivos são de 820 mil euros.
As Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2020, revelou o presidente socialista Frederico Rosa, registaram “uma taxa de execução de 70,56%”.
De acordo com o autarca barreirense, a câmara a que preside teve uma receita total na ordem dos 56 milhões e 759 mil euros, tendo sido atingido o “número mais baixo do prazo médio de pagamentos que a autarquia já teve, que se cifrou em 10 dias”, frisou.
Aos deputados daquele órgão autárquico, o presidente informou ainda que a receita corrente foi de 41 milhões e 450 mil euros, traduzindo-se em 68% da despesa total, com os gastos do pessoal a ficarem abaixo dos 50% da gestão orçamental da edilidade.
“A autonomia financeira da autarquia é de 78% […] e a liquidez geral […] mantém-se em níveis máximos – como se tem mantido neste mandato –, de 221,19%”, acrescentou o presidente, referindo ainda “uma liquidez reduzida na ordem dos 218%”.
Naquela que foi a última prestação de contas do presente mandato, Frederico Rosa lembra que o seu executivo conseguiu “reduzir o IMI”, e referiu ainda: “Colocámos em vigor o IMI Familiar, reduzimos a derrama e criámos um Regulamento de Incentivos ao Investimento que dá desconto a quem aqui quer investir”, explicou.
Durante a sua intervenção, o autarca acrescentou: “Crescemos em receita, aumentámos de forma extraordinária a liquidez da Câmara, aumentámos a autonomia financeira e reduzimos o rácio de endividamento”, incluindo dos Transportes Colectivos do Barreiro.
Ao longo da sessão, que decorreu nas instalações do pavilhão do Grupo Desportivo dos Ferroviários, Gabriela Soares (PS), presidente da União de Freguesias do Barreiro e Lavradio, recordou aos deputados que em ano de crise pandémica, presentemente, “há obra em todas as freguesias” do concelho e que o “Barreiro está no bom caminho”.
“Não fizemos mais por constrangimentos evidentes”
Para o vereador Rui Braga, no decorrer da sessão gerou-se “uma tentativa de branqueamento da covid” que, na sua análise, “afinal, não teve impacto nas contas”, ironizou, lembrando a aquisição feita pela autarquia de diversos materiais de protecção individual e de equipamentos, tais como os ventiladores adquiridos para o Hospital Nossa Senhora do Rosário.
“Conseguimos dar uma resposta, quanto a nós, satisfatória, e equilibrar o investimento”, afirmou, tendo continuado “a requalificar o Barreiro, a manter as opções de ter mais qualidade de vida para todos”, destacou.
Recordou igualmente que o município pode actualmente se “orgulhar”, do ponto de vista ambiental, de “não emitir 640 toneladas de carbono para a atmosfera”, isto “fruto do investimento e das obras” e da “requalificação que estamos a fazer na cidade”, algo que considera representar “uma estratégia” de que em 2020 “não fizemos mais por constrangimentos evidentes”, ideia partilhada pelo presidente daquele município.