“Gratidão do tamanho do mundo aos adeptos por tudo o que fizeram por nós”

“Gratidão do tamanho do mundo aos adeptos por tudo o que fizeram por nós”

“Gratidão do tamanho do mundo aos adeptos por tudo o que fizeram por nós”

“Fomos sentido no nosso íntimo que não os podíamos defraudar”, disse Alexandre Santana

 

Concluída a participação do Vitória Futebol Clube na edição 2020/21 da Série Sul do Campeonato de Portugal da fase de acesso à II Liga, o treinador Alexandre Santana fez questão de deixar, em nome do plantel que dirige, uma palavra de apreço aos adeptos que não puderam estar nas bancadas esta época, mas estiveram desde a primeira hora ao lado da equipa.

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Exemplo disso mesmo foi dado ontem em Torres Vedras, cidade onde se deslocaram muitos adeptos do clube para apoiar a equipa antes do jogo nas artérias de acesso ao Estádio Manuel Marques, recinto em que mediram forças Torreense e Vitória, em partida da sexta e última jornada da prova. “O que vimos aqui hoje dos nossos adeptos foi incrível”, disse o técnico a O SETUBALENSE, após o encontro.

E acrescentou: “Deixo-lhes uma palavra de gratidão do tamanho do mundo por tudo o que fizeram por nós, pelas mensagens que nos fizeram chegar e apoio que nos têm dado desde o primeiro dia. Tem sido de louvar e tem-se sentido cá dentro. Fomos sentido no nosso íntimo que não os podíamos defraudar”, disse depois da derrota (2-0) que, aliada ao triunfo do Estrela da Amadora em Leiria deitou por terra as aspirações de subir de divisão.

Não obstante a derrota, que manteve o clube no terceiro lugar da classificação do grupo (com sete pontos, menos quatro que Estrela e Torreense), Alexandre Santana deseja que os vitorianos permaneçam ao lado da equipa. “Espero que continuem com esse sentimento porque a semana passada não éramos os melhores do mundo e hoje não somos os piores. Daremos o nosso melhor todos os dias em prol do que é o clube e a dimensão Vitória. É assim que vamos continuar”.

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Sobre as contas da subida, o treinador lembrou que ninguém pode acusar os seus jogadores de não terem deixado tudo em campo. “Não ganhámos e mesmo que o fizéssemos não daria para subir, mas, independentemente de dar para subir ou não, há uma coisa que está bem clara para mim e para os jogadores: temos que largar tudo em campo do primeiro ao último minuto. Foi isso que tentámos fazer, umas vezes melhor e outras pior. Ninguém de boa-fé pode dizer o contrário sobre o que foi o nosso trabalho e esforço”.

O timoneiro dos sadinos fez questão de endereçar os parabéns aos adversários, lembrando que tinham condições superiores ao Vitória. “Há também que dar mérito às outras equipas, aos outros jogadores e estruturas, que têm desde início uma sustentabilidade e orçamentos maiores do que o nosso para a subida de divisão. Independentemente desses factores todos, fomo-nos agarrando ao pouco que tínhamos, construindo com todos, interna e externamente”.

“Orgulho e gratidão”

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Instado por O SETUBALENSE, ainda no relvado do Estádio Manuel Marques, a partilhar as palavras que melhor descrevessem a caminhada da equipa, Alexandre Santana não hesitou. “Orgulho e gratidão. Fomos criando um grupo do nada e fomos vendo que se acreditássemos, mesmo com uma equipa muito jovem, era possível. Trabalhámos incansavelmente e fomos alimentando um sonho. Estou muito orgulhoso por eles e pelo trabalho que fizemos”.

Há muitas pessoas a quem agradecer, frisa o técnico. “Uma gratidão enorme ao clube por toda a sua dimensão e um agradecimento muito grande a todos os que, desde o dia em que cá entrámos, a 25 de Agosto 2020, fizeram tudo para que as coisas corressem o melhor possível. É a nossa alma. Quando não ganhamos e não nos superamos estamos tristes, mas muito orgulhosos por tudo o que procurámos fazer desde o primeiro momento. Isso é inequívoco”.

O timoneiro dos sadinos confessa que no arranque dos trabalhos não pensou chegar à derradeira jornada com hipóteses de subir à II Liga. “Inicialmente, não. Ao longo da primeira fase fomos somando os pontos e começámos a perceber, ao fim de um terço da primeira fase, que ia ser possível. Virámos agulhas para forçar tudo, pelo que sentíamos, pela dimensão do clube e pelo nosso desejo de sermos mais fortes a cada dia que passa, que podíamos ir mais além”.

E continua: “Passámos à fase seguinte e, cumprido esse objectivo, estabelecemos uma nova meta, que era claramente passar esta fase. Quem estava aqui e não tinha essa ambição, não podia cá estar. Fomos alimentando o sonho, mas, com as duas derrotas que tivemos em casa com o U. Leiria e Torreense [ambas por 2-1], acabámos por ficar um bocadinho em baixo. A partir daí reconstruímos com os talentos que cá temos, com os miúdos que estão na formação”.

Alexandre Santana considera que a estabilidade dada pela direcção contribuiu para o percurso realizado. “Começámos a perspectivar o trabalho que a direcção estava a fazer do ponto de vista da estabilização do clube e dar equilíbrio ao clube do ponto de vista da estrutura. Começámos a projectar o que poderia ser o dia de amanhã. Por incrível que pareça, depois das duas derrotas, vamos à Amadora e ganhamos no último minuto (3-2) e voltámos a seguir a ganhar ao U. Leiria (2-1)”.

Os êxitos obtidos alimentaram o sonho à entrada para a última jornada. “Nesse momento acenderam-se as luzes todas e pensámos que matematicamente ainda era possível. Continuámos a trabalhar como sempre o fizemos, continuando a projectar o futuro do clube e contribuindo para a sua estabilidade, para ir à luta na última jornada”. A equipa batalhou e deixou tudo em campo, mas não conseguiu evitar a derrota que, a par do triunfo do Estrela em Leiria, colocou o ponto final no sonho da subida.

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