29 Julho 2024, Segunda-feira

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Monica Bellucci vai interpretar a soprano grega Maria Callas no Festival de Teatro de Almada

Monica Bellucci vai interpretar a soprano grega Maria Callas no Festival de Teatro de Almada

Monica Bellucci vai interpretar a soprano grega Maria Callas no Festival de Teatro de Almada

A 38.ª edição do Festival de Teatro de Almada decorre de 02 a 25 de Julho. Programa só será anunciado a 18 de Julho

 

Um espectáculo com a atriz italiana Monica Bellucci, a reencarnar e dar voz à soprano Maria Callas, será um dos momentos altos do Festival de Teatro de Almada.

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A 38.ª edição do Festival de Teatro de Almada terá lugar de 02 a 25 de Julho, mas o programa só será anunciado a 18 de Julho, havendo “reserva de informação até à apresentação pública”, até por causa dos parceiros do festival, disse à agência Lusa fonte da organização.

Para já, sabe-se que um dos pontos altos será a organização de eventos relacionados com a celebração dos 50 anos da Companhia de Teatro de Almada, completados no passado dia 24 de Abril.

Outro momento forte da programação foi desvendado pelo Centro Cultural da Belém (CCB) e consiste no espectáculo “’Maria Callas – Cartas e Memórias’, de Tom Volf, com Monica Bellucci”, com apresentações nos dias 10 e 11 de Julho e com bilhetes já à venda.

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Este espectáculo – “Maria Callas – Lettres & Mémoires” – teve a primeira apresentação em Novembro de 2019, em Paris, no Studio Marigny, marcando também a estreia da actriz de “Malena” e “Irreversível” nos palcos do teatro, para uma série de leituras de excertos dessa obra.

Trata-se de um projecto desenvolvido pelo fotógrafo e cineasta Tom Volf ao longo de vários anos, que quis documentar a vida da soprano, elevada à categoria de diva da ópera do século XX, retratando a sua trajectória de vida, mas procurando separar o público, do privado, o mito, do ser humano.

“Este espectáculo único leva-nos a descobrir em primeira mão a história verdadeira por detrás da lenda. Levanta-se o véu que tanto cobre Maria — a mulher vulnerável, fendida entre a sua vida nos palcos e a sua vida privada — como Callas, a artista vítima da exigência para consigo própria e da batalha perpétua que travou com a voz”, destaca o CCB.

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Esse “autoretrato fascinante e perturbador” é dado através do livro “Maria Callas, Cartas e memórias”, textos estabelecidos e traduzidos por Tom Volf, que encena o espectáculo a que Mónica Bellucci dá voz.

Através da leitura daqueles textos, a actriz transporta o público desde a infância modesta de Maria Callas em Nova Iorque até aos anos da guerra, em Atenas, da sua discreta estreia na ópera até aos píncaros de uma carreira planetária marcada por escândalos e provações pessoais, do amor idealizado pelo marido até à paixão por Onassis.

Apesar da solidão dos últimos anos, vividos em Paris, Maria Callas continuou a trabalhar sem descanso até ao último suspiro, aos 53 anos de idade.

Os textos de “Maria Callas, Letters & Memories” são o resultado de sete anos de trabalho de Tom Volf, que envolveu viagens pelo mundo.

O director do filme “Maria by Calas”, curador de uma exposição homónima e autor de dois volumes de iconografia inédita, iniciou em 2013 uma investigação sobre a vida da cantora, em busca de novos materiais e arquivos perdidos.

Conheceu cerca de trinta dos amigos e colegas mais próximos de Callas, com os quais filmou mais de 60 horas de entrevistas, e reuniu uma grande quantidade de material inédito.

Na versão para teatro, que chega este ano a Lisboa, apresenta-se no centro do palco um sofá, que é a reprodução exacta daquele que costumava estar na Avenida Georges Mandel, o apartamento de Paris onde Callas passou os seus últimos 15 anos.

Monica Bellucci enverga um vestido que pertenceu a Callas, emprestado pela colecção italiana My Private Callas e que permaneceu em segredo durante mais de 60 anos, que nunca tinha sido usado por mais ninguém.

“Este vestido e a espetacular transformação de Monica, assim como o jogo de luzes e ‘chiaroscuro’, dão-nos a impressão de estar realmente na própria sala de estar de Callas, o seu espírito reaparecendo por pouco tempo para partilhar, através das próprias palavras de Maria, um momento de intimidade com o seu público”.

AL / Lusa

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