Maioria comunista renova aposta em Álvaro Amaro, para a Câmara, Ana Teresa Vicente, para Assembleia Municipal e Vítor Borrego como mandatário. Presidente recandidato diz que actual mandato trouxe “desenvolvimento e prestigio” ao concelho e apresenta visão para Palmela como “território de descompressão” na Área Metropolitana de Lisboa
A apresentação dos cabeças-de-lista da CDU ao Município de Palmela, na sexta-feira, encheu completamente o auditório da Biblioteca Municipal, com imensas pessoas a terem de ficar de pé, nos corredores laterais e ao fundo da sala.
Álvaro Amaro e Ana Teresa Vicente voltam a ser apostas da coligação comunista para a Câmara Municipal e Assembleia Municipal, respectivamente, tal como Vítor Borrego, que assume, novamente, o encargo de ser mandatário da candidatura.
A sala revelou-se pequena para o evento, assim como aconteceu há quatro anos, em que a Casa Mãe da Rota dos Vinhos também esteve à pinha, mas a recandidata a presidente da Assembleia, Teresa Vicente, assegurou que “não foi por medo” que o partido não escolheu um local com maior lotação.
A candidata, que foi já presidente da Câmara Municipal, falou depois do mandatário, para defender um aprofundamento do papel do órgão deliberativo, apontar o dedo à Administração Central e reafirmar a recusa da agregação de freguesia, afirmando que Palmela continua a ter “cinco freguesias”.
A encerrar a cerimónia, que contou também com a presença de Carlos de Sousa, antigo presidente da autarquia, Álvaro Amaro considerou que o mandato que esta a terminar foi de “crescente sucesso, desenvolvimento e prestígio do concelho de Palmela” e defendeu que o apoio politico da população à CDU, na autarquia, “vai muito para além” da “soma do PCP e do PEV” .
Garantindo que aceitou a “missão” ser candidato a presidente da Câmara, como aceitaria “quaisquer outras” ao serviço do concelho, o autarca comunista explicou que esta sua disponibilidade assenta no “sentimento de divida” que tem para com a sua terra.
Em jeito de balanço, Álvaro Amaro diz que a maioria, neste mandato, cultivou uma “política de ainda maior proximidade com as pessoas e as instituições”, estimulou a participação dos munícipes e fomentou “o trabalho em parceria” com as instituições e o movimento associativo.
Na relação com o Estado, a CDU diz ter sido “parte da solução”, assumindo compromissos com diversas entidades da administração central em beneficio do desenvolvimento do concelho.
“A nossa postura responsável, de disponibilidade e de cooperação, tem sido indispensável para a concretização de grandes investimentos fundamentais para o nosso território, como foi, neste mandato, a assinatura dos contratos-programa para a construção do Centro de Saúde de Pinhal Novo, da regularização da Ribeira da Salgueirinha, da intervenção nas Encostas do Castelo, a concretização da instalação do Destacamento Territorial de Palmela da GNR, cuja construção do quartel também só fora possível, no mandato anterior, por grande envolvimento e disponibilidade da Câmara Municipal”, elencou Álvaro Amaro, acrescentando que “ninguém deu nada” ao concelho, porque “a consecução destes objectivos só foi possível, com a luta das populações, com um Poder Local actuante, responsável, consequente e propositivo na construção das soluções”.
Em suma, o presidente recandidato, conclui ter feito “muito e melhor”, tendo, “em contraciclo económico”, aumentar investimento e actividade, baixar impostos e reduzir taxas”.
Para o futuro, o autarca fixa já algumas bandeiras para a revindicação, apontando investimentos da responsabilidade do governo, que “continuam a fazer sentido e deveriam ser também concretizados, como os Pavilhões nas Escolas Secundárias, a variante à EN 252, a Plataforma Logística, a rede de alta velocidade e um novo aeroporto internacional, que garanta uma solução de Futuro, a médio longo prazo”.
Quanto à visão estratégica para o concelho, Álvaro Amaro deixa a ideia de que Palmela pode e deve ser um município diferente na região da grande Lisboa. “Teremos condições para a afirmação do concelho como um território de descompressão no contexto da Área Metropolitana, com elevados níveis de atractividade económica, turística e cultural.”, disse o autarca, que classificou a herança que recebeu dos seus antecessores, como um “valioso património”.