Ampliação do Hospital de São Bernardo aguarda luz verde do Governo

Ampliação do Hospital de São Bernardo aguarda luz verde do Governo

Ampliação do Hospital de São Bernardo aguarda luz verde do Governo

Fotografia de Alex Gaspar

O presidente do Conselho de administração do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) admitiu hoje que está a aguardar luz verde do Governo para avançar com o concurso público internacional para ampliação do Hospital de São Bernardo.

“Não podemos avançar com o concurso público internacional, que terá de ser submetido à aprovação prévia do Tribunal de Contas (TC), porque ainda não temos indicação dos Ministérios das Finanças e da Saúde sobre as verbas que serão disponibilizadas para o arranque das obras”, disse Manuel Roque Santos.

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O responsável do CHS, que integra os hospitais de São Bernardo e do Outão, esclareceu que, não obstante haver uma dotação orçamental de 17,2 milhões de euros inscrita no Orçamento do Estado de 2021 para a ampliação do Hospital de São Bernardo, o Conselho de Administração só pode avançar com o concurso público depois de ter indicação, dos dois ministérios, sobre o montante a incluir no orçamento daquela unidade hospitalar para o arranque das obras.

Manuel Roque Santos falava à agência Lusa na sequência da visita efetuada na terça-feira pelo Bastonário da Ordem dos Médicos ao Hospital de São Bernardo, em que Miguel Guimarães pediu mais atenção do Governo ao principal hospital da cidade de Setúbal e defendeu a necessidade de “ajuda externa”, devido ao elevado número de doentes infetados com o vírus SARS-COV-2 no principal hospital de Setúbal.

Confrontado com o pedido do Bastonário da Ordem dos Médicos ao Governo e com a demora no arranque das obras de ampliação do Hospital de São Bernardo, Manuel Roque Santos reconheceu que se trata de uma intervenção necessária para responder às necessidades da população da região e garantiu que a administração do hospital não deixará de avançar com o concurso logo que seja possível.

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Por outro lado, Manuel Roque Santos reconheceu que a “taxa de esforço” na resposta do hospital à pandemia tem sido muito elevada, comparativamente com o que se verifica em outras unidades hospitalares, e que essa resposta só tem sido possível com o “empenho e dedicação dos profissionais de saúde”.

De acordo com o diretor do Serviço de Infecciologia do CHS, José Poças, a afluência de doentes infetados com o vírus SARS-CoV-2 ao Hospital de São Bernardo no passado mês de janeiro foi “avassaladora”, com “um total de 2.666 doentes assistidos naquela unidade hospitalar, metade dos quais com enorme gravidade clínica: amarelos, laranjas e vermelhos”.

O Centro Hospitalar de Setúbal tem hoje internados no Hospital de São Bernardo um total de 206 doentes infetados com o vírus SARS-COV-2, 188 em enfermaria e 18 nos cuidados intensivos.

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Lusa

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