27 Julho 2024, Sábado

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Sindicato dos Enfermeiros confirma que “há doentes Covid internados em macas nos corredores”

Sindicato dos Enfermeiros confirma que “há doentes Covid internados em macas nos corredores”

Sindicato dos Enfermeiros confirma que “há doentes Covid internados em macas nos corredores”

Limite da capacidade das urgências do Hospital de São Bernardo foi denunciado nas redes sociais por enfermeira

Apesar da capacidade máxima instalada nos hospitais, a falta de profissionais de saúde está a levar equipas ao limite “sem descanso e horas extra sem fim”

 

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) assume que o caso registado no Hospital de São Bernardo, em Setúbal, sobre um utente a ser, alegadamente, ventilado no chão “é o primeiro a nível nacional, daquilo que há conhecimento”. No entanto, declara que “há muitos doentes Covid-19 internados em macas, nos corredores das alas fixadas para o seu tratamento”, afirma Guadalupe Simões, uma das dirigentes do SEP, em declarações a O SETUBALENSE.

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Situações que exigem aos profissionais de saúde trabalhar “horas extra sem fim”, para responder a todos os casos internados “e leva a apelos como aquele que se registou nas redes sociais, no passado fim-de-semana, feito pela enfermeira do São Bernardo”.

“No fundo foi um pedido de ajuda para que a população também faça a sua parte e fique em casa, respeite as directivas da Direcção-Geral da Saúde, porque a capacidade dos profissionais da saúde é finita”, defende Guadalupe Simões.

Em relação à capacidade de resposta do distrito à Covid e à gripe, com o Hospital de São Bernardo a atingir o limite, pelo que as imagens de sábado indicam, e o Hospital Garcia de Orta, também a ponto de esgotar a sua capacidade, apesar de ter organizado mais cinco vagas para doentes Covid-19, Guadalupe Simões afirma que “é de resto a mesma situação que os outros hospitais do país estão a enfrentar”.

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Uma situação alcançada pelo “número crescente de infectados com Covid-19 a precisar e internamento, que tem levado consequentemente ao aumento da capacidade instalada nos hospitais, com mais áreas Covid, transferência de doentes entre centros hospitalares e abertura de novas valências, como assistimos no Algarve”, refere a enfermeira. No entanto, mesmo com estas soluções a maximizarem a actuação de toda a capacidade instalada “e até a garantirem que, actualmente, não há nenhum doente Covid no país que precise de ventilação, que não tenha acesso a ela”, Guadalupe garante que é possível vir a ter mais situações idênticas à que se registou em Setúbal porque “não há profissionais disponíveis no mercado de trabalho”.

Uma situação que tem sido comprovada “pelas vagas que ficaram por preencher nos últimos concursos públicos”. Em consequência, “daqui por diante só poderá haver agravamento das condições de trabalho, porque se já iniciamos a resposta à pandemia em Março com menos enfermeiros do que o necessário, agora, os que seguem a trabalhar há meses, sem descanso, estão no seu limite”.

 

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Capacidade   PSD aponta que aumento dos serviços de urgência já devia ter sido acautelado

 

Paulo Ribeiro, presidente da Distrital de Setúbal do PSD assume-se “muito preocupado” com o elevado número de casos de Covid-19 que estão a agravar “o caos habitual que se verifica nas urgências dos hospitais da região”, nesta época do ano, devido à gripe. Como solução aponta a ampliação dos serviços de urgência.

Uma acção que, no parecer de Paulo Ribeiro, contribuiria para evitar a acumulação de macas nos corredores, “ou até mesmo utentes deitados no chão, como aconteceu na passada semana no Centro Hospitalar de Setúbal”, sublinha.

Para o representante dos sociais democratas a impossibilidade desta organização “deve-se à incapacidade de antecipar e planear de modo conveniente a época gripal”. Situação agora agravada com o que Paulo Ribeiro considera serem “medidas avulsas de gestão da pandemia”.

Sobre a actividade dos profissionais da Saúde ao longo do último ano, a Distrital de Setúbal do PSD considera que tem sido pautada pela “competência”, “abnegação” e “sentido de dever”, trabalhando, na maior parte das vezes, “em condições degradantes para eles e para os utentes”.

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