Corte no financiamento para obra em escola surpreende Câmara de Sesimbra

Corte no financiamento para obra em escola surpreende Câmara de Sesimbra

Corte no financiamento para obra em escola surpreende Câmara de Sesimbra

Apoio para intervenção na Navegador Rodrigues Soromenho terá sido reduzido em 400 mil euros. Situação poderá motivar alterações e travar a segunda fase da empreitada

A Câmara Municipal de Sesimbra foi surpreendida com a informação de que o financiamento do Estado para as obras de requalificação da Escola Básica Navegador Rodrigues Soromenho foi reduzido de 3 para 2,6 milhões de euros. Francisco Jesus, presidente da autarquia, revelou a situação na última reunião do executivo, falando numa “má notícia” que os sesimbrenses não conseguem compreender.

“Da reunião com o Secretário de Estado tivemos a notícia de que a portaria estava assinada, o que não deixa de ser uma boa notícia, pois significa que vamos passar a receber este ano o montante que estava pré-definido e que já executámos. A má notícia, que nos apanhou de surpresa porque em nenhum momento fomos confrontados com esta situação e que não compreendemos, é que a portaria de prestação de encargos vai baixar de 3 milhões de euros para 2,6 milhões”, afirmou o edil. “Em suma, aquilo que a tutela e a tutela com as finanças decidiram unilateralmente é que vão financiar a primeira fase, que é a ampliação da obra, e depois logo se verá se haverá dinheiro para a segunda fase”, acrescentou.

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O acordo entre a autarquia e o Governo, alcançado em 2016 e formalizado no ano seguinte, divide a intervenção em duas fases. Na primeira fase consta a ampliação da escola com a construção de um novo edifício em terrenos adjacentes, que assim que concluído acolherá os alunos de modo a que o edifício atual possa ser requalificado naquela que será a segunda fase da obra.

Para Francisco Jesus, esta alteração “é um retrocesso incompreensível” e assim que confirmada poderá levar a uma tomada de posição. “Há um protocolo que tem a ampliação e a requalificação do edificado que está fixado em 3 milhões de euros e sabemos que vamos gastar muito mais. Ainda não tomámos nenhuma iniciativa processual, administrativa ou até política, porque estamos a aguardar a portaria de prestação de encargos que confirme esta situação”, esclarece.

Felícia Costa, vereadora com pelouro da educação, acrescentou ainda que, de acordo com o que a autarquia apurou, não há “nenhuma certeza quanto ao financiamento para a segunda fase”, o que poderá comprometer a intervenção. ““Temos apenas um contrato para a obra na totalidade. Haver uma primeira e uma segunda fase tem apenas a ver com a dinâmica da escola. Da parte da autarquia nunca houve intenção de fazer a obra a uma ou duas fases, mas optamos pela solução de duas fases porque os alunos tinham de se manter na escola. A segunda fase agora é uma opção que teremos de avaliar. Se não há financiamento, a Câmara Municipal pode decidir não avançar para a requalificação do edifício atual”, assegurou.

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Enquanto aguardam novidades sobre o processo, a autarquia espera que o desfecho seja favorável. “Este cenário da administração central se comprometer e depois não cumprir, infelizmente não é caso único. Vamos esperar que, em conjunto, possamos diligenciar para que o compromisso assinado desde o início seja cumprido”, disse Felícia Costa.

Custos reduzidos para remoção de amianto

A autarquia já tem na sua posse os acordos para a remoção do amianto nas escolas do concelho, revelou o presidente Francisco Jesus. “A Câmara Municipal já submeteu as candidaturas e está a rever, de acordo com algumas informações fornecidas por concelhos vizinhos que estão em processo de adjudicação, os cadernos de encargos e estimativas de custo”, afirmou, acrescentando que esta revisão poderá ditar uma redução de 300 mil euros em custos. “A estimativa que temos é que, para encargo do município, possa estar um encargo de 190 mil euros, contando que a comparticipação será de 65 euros por metro quadrado, acrescidos de 10% para trabalhos acessórios. Com esta revisão de preços, baixámos de cerca de 490 para 190 mil euros, tendo em conta adjudicações feitas em concelhos vizinhos”, afirmou.

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