27 Junho 2024, Quinta-feira

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Professora de música Ângela Morais recebeu Menção Honrosa da Global Teacher Prize

Professora de música Ângela Morais recebeu Menção Honrosa da Global Teacher Prize

Professora de música Ângela Morais recebeu Menção Honrosa da Global Teacher Prize

O coro desenvolvido pela professora Ângela Morais é composto por 250 alunos e já passou por grandes palcos

Prémio na categoria “Adaptação e Inovação no Ensino à Distância” é para a professora seixalense um passo para novos projectos

Ângela Morais é professora na freguesia de Arrentela, concelho do Seixal, e acabou de receber a Menção Honrosa na categoria “Adaptação e Inovação no Ensino à Distância” na terceira edição do Global Teacher Prize, um concurso internacional promovido pela Fundação Varkey, reconhecido como o “Nobel da Educação”.

“Sinto uma honra enorme por ser o rosto dos professores do Estudo em Casa, um projecto com uma missão e foi bem-sucedido”, comenta a professora de Educação Musical efectiva no Colégio Atlântico em Pinhal de Frades, Arrentela, sobre a nova TeleEscola que começou na RTP2 a partir de Março do ano passado, devido ao encerramento das escolas por causa da pandemia.

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A participação no Global Teacher Prize obriga a candidatura, e entre os professores portugueses foram cerca de uma centena os que se propuseram. “Fiz a minha candidatura online em Março, não para obter a Menção Honrosa, mas para promover o meu projecto de Concertos Solidários que envolve 250 alunos do 2.º ano do Colégio Atlântico”, conta Ângela Morais.

“Como tinha dado aulas através do Estudo em Casa, a Global Teacher Prize nomeou-me como finalista na categoria “Ensino à Distância”, conta a professora que vê a Menção Honrosa que recebeu como um reconhecimento e o “culminar de muitos anos de trabalho em vários projectos que tenho desenvolvido ao longo da minha carreira”.

Questionada sobre o passo seguinte depois de ter recebido este prémio, a professora de educação musical diz estar “já um ano à frente”, e não revela o que lhe está nos planos, mas avança que a parte monetária do prémio “é para investir nos meus projectos educativos”.

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Projectos estes que acaba por unir com a sua actividade de voluntariado na Associação de Ajuda humanitária “Dá-me a tua mão”.

Aliás, os concertos solidários do coro, que desenvolve, anualmente, com os seus alunos, e com apoio do Colégio Atlântico, têm por fundamento angariar donativos para esta associação que, em carrinhas de voluntários, percorre as ruas do concelho do Seixal para levar bens alimentares à população sem-abrigo.

Para além destes concertos, as Vozes do Atlântico têm actuado em vários grandes palcos, alguns vezes ao lado da banda da PSP, como aconteceu no Casino do Estoril.
É a falar deste coro das ‘suas’ crianças que Ângela Morais parece sentir-se mais à vontade, a cada palavra sobre a Menção Honrosa, inevitavelmente escorrega para o trabalho com as crianças. “Ninguém fica de fora, se o aluno não souber cantar, mas quiser participar, arranjamos maneira de o posicionar no coro”.

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E assim o grupo já actuou no pavilhão Altice Arena, em Lisboa, frente ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, participou em espectáculos solidários e tem já planeado actuações em palcos de Lisboa e Porto com os seus tributos que já se focaram em canções da banda britânica de rock Queen e noutras de Michael Jackson. Agora está a ser trabalhado o tributo aos Beatles. “Trabalhamos em aula e depois fazemos os espectáculos”, como aconteceu o ano passado nas Festas de S Pedro, no Seixal, com a interpretação de temas do “Rei da Pop”.

“Não consigo parar, tenho sempre projectos e sonhos para realizar com os meus alunos”, conta Ângela Morais; ela que quando participou numa edição do programa da RTP “O Preço Certo”, pôs o apresentador Fernando Mendes e o público a dançarem uma música erudita ao jeito de uma receita de panqueca; é estranho, mas aconteceu.

Tudo começou na União e com um saxofone

Ângela Morais nasceu no concelho do Seixal, vive no concelho e lecciona no mesmo, na Arrentela. “Sempre quis ser professora de Educação Musical”, afirma.

A paixão pela música teve início aos 15 anos quando começou a estudar saxofone na Sociedade Filarmónica União Seixalense. Daqui passou para a Academia Luísa Todi, em Setúbal.

A vontade de estudar a vertente pedagógica levou-a a frequentar a Escola Superior de Educação dos Instituto Politécnico de Setúbal. Hoje lecciona no Colégio Atlântico e leva a música e um coro de alunos para grandes palcos do País.

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