Com um jogo a menos, sadinos estão agora em 3.º lugar a três pontos do líder Amora
O Vitória Futebol Clube venceu ontem o vizinho Pinhalnovense, por 2-1, em jogo da sexta jornada da série H do Campeonato de Portugal. Apesar de terem ficado em desvantagem no marcador aos 71 minutos (com um golo apontado de livre por Luís Lucas), os sadinos reagiram a tempo de operar a reviravolta num jogo em que o génio de Zequinha, com um golo e uma assistência de trivela, foi determinante para a equipa conquistar os três pontos.
O resultado permite ao Vitória somar agora sete pontos, ficando, mesmo com menos uma partida que o líder Amora (soma 10 pontos), ficar a três pontos do conjunto do concelho do Seixal. O Pinhalnovense, que chegou ao Estádio do Bonfim depois de ter sido goleado na jornada anterior (5-0 com o Louletano), segue na sexta posição com quatro pontos os mesmos que o Juventude de Évora.
Quase duas semanas depois de os sadinos terem sido eliminados da Taça de Portugal pelo Académico de Viseu (derrota no Bonfim por 1-0), o treinador Alexandre Santana apresentou uma novidade no onze em comparação com o duelo com os beirões. O avançado Kamo-Kamo, titular nessa partida da 2.ª eliminatória da prova rainha, foi substituído por João Marques, médio de 18 anos de idade.
Frente aos vizinhos do Pinhal Novo, os vitorianos tiveram uma entrada forte, conseguindo pôr um par de vezes nos primeiros minutos a defesa contrária em sobressalto. Com um dinamismo e ritmo interessantes nessa fase, a equipa setubalense visou por duas vezes a baliza de Francisco Pardana, guarda-redes que teve de se aplicar para evitar, aos três e sete minutos, que os anfitriões se adiantassem no marcador.
A entrada forte do Vitória durou pouco tempo. Despois dos sustos, o Pinhalnovense também consegui assentar o seu jogo e começar a sair em transições ofensivas levando o perigo à baliza de João Valido. Num desses lances, aos nove minutos, os azuis poderiam mesmo ter-se adiantado no marcador. Após cruzamento da direita, Luís Lucas, em posição privilegiada, rematou ao lado do poste direito da baliza do Vitória.
À excepção de um lance aos 20 minutos em que André Sousa chegou atrasado a um cruzamento da direita de Mano, os comandados de Alexandre Santana não voltaram a conseguir ficar perto de desfazer o nulo antes do intervalo. Com o avançar do cronómetro, a equipa sadina foi perdendo o ímpeto que tinha demonstrado nos primeiros minutos após o apito inicial.
A partir desse lance, o jogo passou a ser disputado longe das duas balizas. A comprovar esse facto basta referir que nos últimos 25 minutos do primeiro tempo a única vez que um dos guarda-redes teve de intervir aconteceu aos 34 minutos quando o central João Serrão, assistido por Mano, amorteceu de cabeça a bola para defesa tranquila do guardião Francisco Pardana.
O Pinhalnovense entrou melhor no jogo após o descanso e quase inaugura o marcador aos 47 minutos, momento em que após canta na direita a bola passa muito próximo da linha de golo sem que nenhum homem do conjunto azul e branco consiga desviar com êxito para a baliza defendida por João Valido.
A resposta do Vitória foi quase imedidata. Volvidos dois minutos, depois de uma jogada no flanco direito, Mathiola cabeceou ao lado do ferro da baliza do emblema do concelho de Palmela. Com o nulo a persistir, o Vitória lançou em campo, aos 63 minutos, o avançado guineense Mendy (rendeu Mathiola) com o objectivo de desfeitear a baliza da equipa do Pinhal Novo.
A mudança não surtiu o efeito desejado, pelo contrário, acabou por ser o oponente a chegar ao golo. Aos 71 minutos, o Pinhalnovense fez o 1-0 num livre directo, superiormente cobrado por Luís Lucas. O médio dos azuis e brancos rematou colocado sem hipóteses de defesa para João Valido.
Só quando o Vitória começou a perder os jogadores despertaram, passando a correr mais e a acercar-se mais vezes da baliza nos cinco minutos seguintes do que na hora que tinham feito até esse momento. Mathiola e Mendy dispuseram de ocasiões soberanas para repor a igualdade, mas a pontaria não foi a desejada pelos vitorianos.
Depois dos avisos, Zequinha, primorosamente assistido por Nuno Pinto, repôs o empate num cabeceamento fulminante, aos 79 minutos. Aos 81, o experiente Zequinha voltou a estar envolvido no golo que operou a reviravolta dos vitorianos. O avançado cruzou de trivela do lado direito e o defesa João Gomes, na tentativa de sacudir a pressão, introduziu a bola na própria baliza.
Os golos galvanizaram o Vitória que esteve por cima do encontro até ao final, dispondo de várias ocasiões para ampliar a vantagem. Na melhor dessas oportunidades, Mathiola, aos 87, disparou com estrondo à trave da baliza defendida por Francisco Pardana. No final, os setubalenses, que souberam reagir ao golo sofrido, festejaram o triunfo que os coloca na terceira posição com sete pontos (os mesmos que o Esperança de Lagos), atrás de Amora (10) e Olhanense (9), ambos com mais um jogo realizado.
FICHA DE JOGO
Vitória FC-Pinhalnovense, 2-1
Estádio do Bonfim, em Setúbal
Árbitro: Paulo Barradas (AF Setúbal)
Assistentes: Joaquim Gato e André Pereira
Vitória FC
João Valido, Mano, Marcos Raposo, João Serrão, Nuno Pinto, José Semedo (cap.), João Marques (Mendy, 63’), André Sousa (André Pedrosa, 73’), Bruno Ventura (João Marouca, 90+1’), Zequinha e Mathiola.
Suplentes: Petterson Santos, Rodrigo Jorge, Gonçalo Batista, André Pedrosa, João Marouca, Bruno Almeida e Mendy.
Treinador: Alexandre Santana
Pinhalnovense
Francisco Pardana, Bruno Jesus (Alain Pilar, 79’), Obi, Marco Gomes, Shingha, Luís Lucas, João Pendão (Pedro Celestino, 70’), Vladimir Forbs, Leandro Morais (cap.), Flávio Patemeu (Miguel Pires, 68’) e Pedro Paz.
Suplentes: Matthaus Ferreira, Alain Pilar, Marcio Delgado, Miguel Pires, Pedro Celestino, Henrique Gomes e Tiago Correia.
Treinador: Ricardo Estrelado.
Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: 0-1 Luís Lucas (71’), 1-1 Zequinha (79’) e 2-1 Pedro Paz (p.b. 81’).
Acção disciplinar: cartão amarelo para Vladimir Forbs (29’), Zequinha (61’), Nuno Pinto (69’) e Shingha (85’).