23 Julho 2024, Terça-feira

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Secil já reformulou projecto que alterava limites da pedreira da Arrábida

Secil já reformulou projecto que alterava limites da pedreira da Arrábida

Secil já reformulou projecto que alterava limites da pedreira da Arrábida

A Secil já reformulou o projecto de descarbonização da produção de cimento em que propunha uma alteração do perímetro da pedreira da cimenteira da Arrábida, em Setúbal, revelou esta quinta-feira o Ministério do Ambiente e Ação Climática (MAAC).

“Registou-se um parecer desfavorável do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), no que se refere à área de exploração da pedreira, pelo que a Secil reformulou o projeto, tendo retirado a redelimitação do perímetro da pedreira”, refere uma nota do Ministério do Ambiente, em resposta a perguntas da agência Lusa.

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“O ministro do Ambiente e Ação Climática não recebeu nenhum estudo da Secil. A Agência Portuguesa do Ambiente (APA), sim, recebeu um projeto de alteração designado `Project Clean Cement´, da autoria da Secil”, acrescenta o MAAC, adiantando que o referido projeto foi avaliado pelo ICNF e Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e que teve “parecer desfavorável do ICNF”.

O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, assegurou na passada segunda-feira que não haverá um aumento da zona de exploração das pedreiras da Arrábida enquanto for ministro: “nunca irá acontecer enquanto eu for ministro. E quero acreditar que depois também não”.

O `Project Clean Cement´, que na página oficial do grupo Secil na Internet aparece com a sigla CCL (Clean Cement Line), visa promover uma redução efetiva dos consumos de energia, a eliminação da dependência de combustíveis fósseis e a consequente redução das emissões de dióxido de carbono para a atmosfera.

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Questionado pela Lusa, o Ministério do Ambiente garante que, “neste momento, não existe nenhum pedido formal de ampliação de pedreiras existentes, por aumento de área licenciada” e que, “de acordo com o Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida (Resolução do Conselho de Ministros n.º 141/2005 de 23/8), não há enquadramento nas disposições do mesmo”.

Quanto a eventuais alterações que possam surgir na nova legislação sobre pedreiras, que esteve em discussão pública até final de agosto, O MAAC diz que é preciso aguardar pela divulgação da mesma, mas sublinha que “já é do conhecimento público que esta nova legislação é muito rigorosa quanto às questões ambientais”.

A Secil escusa-se a fazer comentários às declarações do ministro do Ambiente, referindo apenas que a ampliação da pedreira é uma das diversas possibilidades do estudo que está a desenvolver, tal como a manutenção ou a redução da área de exploração.

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Em entrevista ao jornal `O Setubalense´ publicada na passada segunda-feira, antes de o ministro do Ambiente se pronunciar, o diretor de Relações Institucionais e Sustentabilidade da Secil, Nuno Maia, afirmou que o estudo que está a ser desenvolvido pela empresa não equaciona apenas o aumento da superfície da pedreira e que tem como principal objetivo “planear o futuro da Arrábida e da Secil a mais do que 50 anos”.

“Não está em causa apenas um possível aumento da superfície da pedreira, mas, sim, redesenhá-la, para otimizar o espaço e os recursos”, acrescenta Nuno Maia.

Na mesma entrevista, Nuno Maia assegura ainda que as propostas que resultarem desse estudo, que só deverá estar concluído em 2021 ou 2022, serão “oportunamente discutidas” e “apresentadas às entidades oficiais e partilhadas, em sede de discussão pública”. Lusa

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