Galp só aguarda “bandeira de partida” para iniciar furo de petróleo no Alentejo

Galp só aguarda “bandeira de partida” para iniciar furo de petróleo no Alentejo

Galp só aguarda “bandeira de partida” para iniciar furo de petróleo no Alentejo

 

Carlos Silva, CEO da empresa, diz que consórcio tem tudo pronto e que perfuração demora entra 40 a 60 dias e só pode ser feita entre Abril e Junho

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O presidente da Galp afirmou esta quinta-feira que o consórcio que a empresa integra com a Eni para fazer prospecção de petróleo na bacia alentejana cumpriu os requisitos do contrato de concessão e aguarda a “bandeira de partida” das autoridades.

“Tudo o que era para ser preparado e que exigia o contrato de concessão foi feito. Nós não temos nenhuma pressa especial, tudo o que tínhamos para fazer, dentro da concessão e daquilo que são as melhores práticas da indústria, está feito, portanto estamos tranquilos”, afirmou Carlos Gomes da Silva em declarações aos jornalistas à margem de um seminário em Matosinhos, no Porto.

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Salientando que o avanço do furo – cuja execução deverá demorar entre 45 a 60 dias e apenas pode decorrer entre Abril e junho, devido às condições do mar – “já não depende” do consórcio, mas da obtenção das “respostas de licenciamento de concessão para todos os trabalhos que estavam exigidos e que foram entregues”, o responsável da Galp disse aguardar apenas “a bandeira de partida”.

Questionado sobre se a operação avançará de facto este ano, Gomes da Silva reiterou que a empresa não tem “nenhuma pressa especial”, mas foi advertindo que “as externalidades de qualquer economia são impactadas pelo tempo que se toma a tomar decisões”.

O consórcio liderado pela italiana Eni e que integra a petrolífera nacional tinha previsto realizar o furo de prospecção na bacia do Alentejo em 2016, mas acabou por suspender a operação para a primavera deste ano depois de a Direcção-Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marinhos (DGRM) ter prolongado a consulta pública.

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Assegurando que o consórcio só avançará se tiver reunidas todas “as condições”, Carlos Gomes da Silva remata: “Fizemos tudo para as ter, agora já não depende de nós. Falta a bandeira de partida, mas tudo o que o consórcio tinha para entregar e todos os estudos a que estava obrigado estão feitos”.

Recentemente, o presidente executivo da Galp Energia tinha já dito que a operação de perfuração na bacia do Alentejo arrancaria “quando todas as condições” estivessem “reunidas”: “Será em 2017 se for compatível com as condições do mar. Se não for, faremos em 2018″, disse Carlos Gomes da Silva num encontro com jornalistas em Londres após o Capital Markets Day, em 21 de Fevereiro.

No passado dia 22, a Câmara Municipal de Odemira anunciou que iria avançar com uma providência cautelar para travar o furo do consórcio Eni/Galp no mar do Alentejo, exigindo a “rescisão do contrato para a costa de Aljezur” e “não permitindo que se avance com o primeiro furo de prospecção ao largo do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina”.

“Este investimento é susceptível de acrescer riscos ambientais, económicos e sociais, numa região que assenta a sua riqueza no turismo, nas pescas e na agricultura”, sustenta a autarquia presidida pelo socialista José Alberto Guerreiro (PS).

Lusa

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