O presidente da Câmara do Seixal, Joaquim Santos (CDU), afirmou hoje, 27, que o assoreamento nos canais impede a normal navegabilidade na Baía do Seixal, exigindo que sejam feitas dragagens no local, estimando um investimento de cinco milhões de euros.
“Os canais de acesso à Baía do Seixal estão cada vez mais assoreados, o que é inevitável acontecer se não forem dragados. Já levantamos esta questão junto da governo e a Administração do Porto de Lisboa (APL), pois uma intervenção é urgente”, disse o autarca.
O autarca, acompanhado por representantes da Associação Naval Amorense, do Clube de Canoagem de Amora e da Associação Náutica do Seixal, bem como da junta de freguesia, esteve hoje concentrado junto à Baía do Seixal para alertar para a situação.
“Temos projectos ao nível do turismo mas sem os canais, os barcos ficam sem acessibilidades. Os canais principais são responsabilidade da APL, nós pagamos uma renda para utilizar algumas zonas, por isso têm que fazer a manutenção”, salientou.
Joaquim Santos refere que afecta a actividade desportiva, a actividade da pesca e também a actividade económica, explicando que a situação vai piorar sem não forem efectuadas dragagens.
“Com a maré baixa, as pessoas já têm que fazer cerca de 800 metros no lodo até encontrarem uma zona navegável. Existem aqui também estaleiros que precisam dos acessos”, explicou.
O autarca afirmou que é estimado que em causa esteja a dragagem de cerca de um milhão de metros cúbicos, o que representará cerca de cinco milhões de euros.
“A APL tem um pacote de dragagens de muitos milhões de metros cúbicos e o que queremos é que a Baía do Seixal seja incluída nos principais canais de acesso. Estamos disponíveis para também assumir responsabilidades”, defendeu.
Segundo Joaquim Santos, a autarquia já reuniu com secretário de Estado do Ambiente, com o secretário de Estado das Pescas e com a presidente da APL, aguardando agora por respostas.