O Centro de Estudos Culturais e de Acção Social Raio de Luz tomou uma posição quanto ao encerramento do Centro de Dia, exigindo ao Governo que seja autorizada a sua abertura. Num documento endereçada à Ministra da Saúde, Marta Temido, à Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e à Direcção Geral de Saúde, a direcção da IPSS da freguesia do Castelo pede intervenção do Governo e admite que postos de trabalho e qualidade de vida dos utentes estão em risco.
“Se por um lado compreendemos as reticências relativamente à reabertura dos centros de dia, essa situação está a originar e intensificar o agravamento económico das instituições que desenvolvem essa competência, uma vez que veem as suas receitas reduzidas às comparticipações contratuais liquidadas pelo Instituto de Segurança Social.”, refere a IPSS.
No documento enviado à redacção d’O SETUBALENSE é também sublinhado que o futuro dos empregados das IPSS poderá estar em risco, uma vez que os apoios financeiros do Estado são insuficientes. “As comparticipações não cobrem as despesas das instituições, colocando deste modo os trabalhadores das mesmas cada vez mais próximos do desemprego”, afirma.
“Perante esta situação, que não podemos deixar de reprovar, uma vez que os fins para que estas IPSS foram fundadas não se encontram minimamente a ser cumpridos, torna-se imprescindível que não deixemos de tomar uma posição pública sobre o que está a acontecer e exigir a reabertura imediata do Centro de Dia do Centro de Estudos Culturais e de Acção Social Raio de Luz”, pode ler-se no documento assinado pelo presidente António Marques, que acrescenta que “os utentes dos centros de dia, confinados, quase abandonados ou mesmo abandonados nos seus domicílios, vão perdendo progressivamente as suas já reduzidas capacidades físicas ou mentais”.