Junho e Julho também são meses de debate público sobre a precariedade com iniciativas marcadas no Barreiro e na cidade do Sado
Setúbal será o palco do congresso distrital da União dos Sindicatos de SETÚBAL – CGTP-IN marcado para 7 de Outubro. Em declarações a O SETUBALENSE, após uma acção plenária que terminou em manifestação no Jardim do Bonfim, o coordenador da União dos Sindicatos de Setúbal, Luís Leitão, anunciou que o debate do congresso será em torno do tema “valorizar os trabalhadores e o trabalho”.
Tema onde o dirigente aponta como principais questões a abordar “os aumentos salariais e o suplemento de insalubridade, penosidade e risco para trabalhadores de sectores como os da recolha de resíduos, transportes públicos e saúde, que durante a pandemia estiveram sempre na linha da frente”.
Um debate que servirá para apurar estratégias de combate à precariedade após a análise dos primeiros números oficiais de desemprego gerados pela crise económica que a Covid-19 causou na região, “com 422 trabalhadores em desemprego registado”, frisa Luís Leitão, contabilizados só nos meses de Março e Abril, “fruto de vínculos”. São eles os “falsos trabalhadores independentes a recibos verdes, com contratos a termo e por baixos períodos, sempre renovados”.
Quanto às situações de desemprego não registado, o panorama será ainda maior, com uma estimativa de “cerca de 9 mil desempregados em todo o distrito”, afirma.
Um debate que a União de Sindicatos também vai manter nas ruas durante o resto do mês e em Julho, destacando duas acções principais.
Uma tribuna pública, marcada por dia 24, no Barreiro, “em defesa do serviço público de transportes”. E uma marcha, em Setúbal, no dia 3 de Julho, “em defesa de emprego com direitos, por mais saúde, mais salários e mais serviços públicos”, que terá partida do edifício do Centro Distrital da Segurança Social de Setúbal, com destino ao edifício do Instituto de Emprego e Formação Profissional.