“Não basta dizer que não temos condições no Bonfim e ficamos a olhar para o boneco”

“Não basta dizer que não temos condições no Bonfim e ficamos a olhar para o boneco”

“Não basta dizer que não temos condições no Bonfim e ficamos a olhar para o boneco”

Presidente Paulo Gomes promete fazer tudo para que equipa jogue em Setúbal.

 

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Ricardo Lopes Pereira

 

O Estádio do Bonfim foi ontem de tarde visitado por técnicos especialistas para avaliar as condições de segurança e higiene da casa do Vitória FC. Independentemente das conclusões que sejam retiradas da inspecção [n.d.r.: conclusões da mesma ainda eram desconhecidos à hora do fecho da actual edição de O Setubalense – Diário da Região], a administração do emblema sadino já tornou pública a sua determinação em fazer tudo o que estiver ao seu alcance para acolher os seus jogos caseiros em Setúbal.

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A vistoria, que tem como objectivo determinar quais os recintos que vão acolher os jogos na retoma do campeonato, foi realizada pela Liga Portugal e pela Federação Portuguesa de Futebol com o apoio de uma empresa especializada em segurança e higiene. “Desta acção, resultará um relatório que será posteriormente remetido à Direção-Geral da Saúde (DGS)”, anunciou a Liga em comunicado.

Posição inequívoca sobre o assunto foi tomada já pelo presidente dos vitorianos, Paulo Gomes, que anunciou a realização de obras no estádio para permitir que a equipa jogue em sua casa. “Vamos arrancar com as obras no balneário e nos acessos. No Bonfim, não há cruzamento entre as equipas e vamos fazer a nossa parte para percebermos o que temos de fazer para podermos jogar aqui. Não basta dizer que não temos condições no Bonfim e ficamos a olhar para o boneco”.

Ainda antes da realização da vistoria, o dirigente explicou a Record a sua visão sobre o tema. “Vamos ter de ter uma vistoria da DGS, que tem duas hipóteses: aprova ou não aprova. Se aprovar, é no Bonfim que vamos jogar porque é a nossa casa. Se não aprovarem, que nos digam o que nos falta para podermos arrancar imediatamente com as obras que são necessárias para podermos ainda jogar aqui ou, em último caso, possamos no início da próxima época estarmos em condições de jogar no Bonfim”.

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E acrescenta: “O Vitória vai lutar para que num curto espaço de tempo reúna as condições da DGS. O Vitória é de Setúbal, não é de Lisboa! E como é de Setúbal, só faz sentido jogar no Bonfim. Não dizemos com isso que ou jogamos aqui ou não há campeonato, não tem nada que ver com isso. Primeiro queremos jogar e andamos a lutar por isso durante muito tempo para evitar o colapso financeiro da maioria dos clubes da I Liga”.

Confrontado com a hipótese de o clube fazer os seus jogos como conjunto visitado na Cidade do Futebol, em Oeiras, Paulo Gomes é claro “Seria um mal menor. Como disse, não vamos pôr em causa o início da época. Fui das pessoas que mais lutei para que houvesse campeonato. A nossa prioridade é jogar. Se vetarem o nosso estádio, têm de nos explicar porque não podemos jogar aqui porque dessa forma podemos melhorar e pôr o estádio rapidamente nas condições que são exigidas pela DGS. Queremos fazer as coisas bem”.

Eleito presidente em Janeiro de 2020, Paulo Gomes reconhece que o Vitória tem um problema estrutural, daí a necessidade de arrancar as obras. “Infelizmente, nos últimos anos ninguém se preocupou com isto no clube. Nós temos de nos preocupar com tudo ao mesmo tempo num curto espaço de tempo. Este é provavelmente o maior desafio para um presidente do Vitória que está preocupado com tudo”, disse, deixando uma garantia: o caminho desta direcção é criar condições estruturais para que o Vitória tenha tudo o que é necessário para jogar no seu estádio. Compreendam que num curto espaço de tempo é uma loucura conseguir tudo ao mesmo tempo”.

Mansilla: “Todos me tratam muito bem e estou feliz em Setúbal”

O avançado argentina Mansilla está a ter em Setúbal a sua primeira experiência fora do seu país natal. O jogador confessa sentir-se bem no Vitória, clube onde actuou em 22 das 24 jornadas realizadas até agora na Liga. “Estou a gostar muito da experiência. À medida que o tempo passa estou mais confortável e sinto-me importante na equipa. Estou feliz e tranquilo”, disse o jogador num directo no seu Instagram com o um jornalista do seu país.

Cedido pelo Racing aos sadinos, Mansilla, de 23 anos, não exclui a possibilidade de continuar em Portugal. “Tenho vontade de voltar ao Racing, mas a minha cabeça está agora nos jogos que faltam em Portugal. Só depois veremos o que acontece”, disse, elogiando Setúbal. “Estou numa cidade muito bonita e tranquila, que fica a 40 quilómetros de Lisboa. Todas as pessoas me tratam muito bem e estou feliz aqui”.

O atacante falou também da forma como tem decorrido o trabalho no Bonfim. “Estamos na segunda semana de treinos. Tomamos as devidas precauções e só saímos para fazer algumas compras. Vamos para o estádio equipados e não partilhamos o balneário. Treinamos às 11 horas e chegamos às 10:55, medem-nos a temperatura, somos pesados, perguntam-nos, por exemplo, como dormimos e se temos a garganta seca, para ver se há algum sintoma da doença”.

Mansilla, que assegura quue no Bonfim todas as regras de segurança estão a ser cumpridas à risca – “cada um tem a sua garrafa de água e álcool gel identificada, mantemos a distância e tomamos todas as precauções” –, reside no centro da cidade de Setúbal e confessa ter sido complicado o período de confinamento. “Estranhei muito o facto de não poder treinar com os meus companheiros. Procurei distrair-me com séries, filmes, com a minha namorada e o meu cão”.

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