30 Abril 2024, Terça-feira
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Trabalhadores do Jumbo denunciam horários ilegais e discriminação salarial

Sindicato diz que grupo Auchan impõe “horários diários ilegais” em todas as lojas Jumbo

Cerca de uma dezena de trabalhadores do hipermercado Jumbo concentraram-se ao final da manhã desta segunda-feira frente à loja de Rio Tinto, Gondomar, em protesto contra os horários diários de trabalho e a “discriminação salarial” que dizem vigorar ali e nas restantes lojas Jumbo em Portugal.

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No distrito de Setúbal, o grupo Auchan tem três hipermercados Jumbo, no Alegro Setúbal, no Fórum Almada e no Barreiro Retail Park.

Em declarações à agência Lusa, Marisa Ribeiro, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (Cesp), denunciou a existência de “horários diários ilegais” na loja de Rio Tinto e nas restantes lojas Jumbo em Portugal, acusando o grupo Auchan de “obrigar os trabalhadores a todos os dias terem um horário de trabalho diferente”.

“São horários diários ilegais porque o CCT [Contrato Coletivo de Trabalho] não permite horários diários, mas a empresa continua a aplicá-los a nível nacional”, sustentou a dirigente sindical, salientando que esta “desregulação não se coaduna com a vida pessoal, familiar e profissional dos trabalhadores”.

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A agência Lusa contactou a administração do grupo Auchan, estando a aguardar uma resposta por parte da empresa.

Na base do protesto de hoje dos trabalhadores estão ainda os horários noturnos que dizem ser aplicados “à maioria dos [cerca de 250] funcionários” da loja de Rio Tinto.

“Parece que todos viraram padeiros. Temos trabalhadores a fazer reposição e operadores de caixa a trabalhar durante a noite numa clara ilegalidade, porque o que prevê o horário de funcionamento da empresa é só até à meia-noite, não podem ter os trabalhadores aqui retidos até às quatro e cinco da manhã”, sustentou Marisa Ribeiro.

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Os trabalhadores que hoje se manifestaram denunciam também a “discriminação salarial” que dizem existir “entre trabalhadores da mesma categoria profissional” e que implica que “uns ganhem diferenças exorbitantes comparativamente com outros”.

O protesto de hoje frente à loja Jumbo de Rio Tinto insere-se no conjunto de ações que desde o início de fevereiro o Cesp tem vindo a organizar frente às lojas e armazéns das empresas da grande distribuição em todo o país, “para denunciar a posição intransigente das empresas ao pretenderem retirar direitos do CCT em troca da correção de injustiças e aumento dos salários”.

“Os trabalhadores estão em luta e exigem a negociação do CCT sem contrapartidas, o fim da discriminação salarial, o cumprimento do contrato coletivo em vigor e o fim da pressão e assédio aos trabalhadores”, refere o sindicato, que garante não aceitar “a redução do valor pago pelo trabalho suplementar e em dia feriado e a imposição de regime de banco de horas”.

No âmbito desta iniciativa, estão já agendados para sexta-feira e para o dia 12 novos protestos frente às lojas do Pingo Doce em Valongo e em Vila Real, respectivamente.

Lusa

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