«A casa do Vitória é no Bonfim e é em Setúbal»

«A casa do Vitória é no Bonfim e é em Setúbal»

«A casa do Vitória é no Bonfim e é em Setúbal»

“Temos as condições e queremos jogar na nossa casa porque é aqui que nos sentimos bem”, disse o dirigente.

 

No dia em que o Vitória FC regressou ao trabalho no Bonfim, 53 dias depois de o plantel ter aí treinado pela última vez, o presidente Paulo Gomes confessou que todos ansiavam pelo momento que se viveu ontem. Numa altura em que se fala na possibilidade de os jogos que faltam aos sadinos virem a realizar-se fora de Setúbal, o dirigente deixou bem clara a ideia do clube sobre o assunto.

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“Se o Vitória não tem condições para ter os jogos no Bonfim, se calhar mais de 80% dos clubes em Portugal também não as têm. Uma coisa é certa: vamos ser vistoriados e o que for necessário nós vamos alterar. Temos as condições e queremos jogar na nossa casa porque é aqui que nos sentimos bem. A casa do Vitória é no Bonfim e é em Setúbal”, disse à Sport TV+.

 

Passadas muitas semanas, o Vitória FC está de regresso ao trabalho…

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Já ansiávamos pela data de hoje (ontem). Na sexta-feira fizemos os testes e todos tiveram um resultado negativo e também ninguém é imune. É muito bom estarmos aqui. É uma lufada de ar fresco e parece que o clube está outra vez a começar a movimentar-se e isso é muito bom para nós.

 

Como está o clube a assegurar que todas as normas de segurança sejam cumpridas?

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O Vitória e a maioria dos clubes foi um pouco o exemplo nas regras conduta durante esta pandemia. Fomos os primeiros a parar e a seguir as regras. Agora voltámos e temos muito cuidado. Montámos um trajecto em que ninguém se cruza e os jogadores já vêm vestidos de casa. O treino está a ser executado com as devidas regras, por isso, neste caso os clubes estão de parabéns por terem conseguido fazer estas acções que permitem que tudo funcione bem.

 

Alguns clubes regressaram mais cedo ao trabalho. Entende que deveria ter sido agendada uma data para todos voltarem ao mesmo tempo?

O campeonato vai recomeçar no final de Maio. Cada clube definiu a sua estratégia, nós decidimos dar férias aos jogadores e achámos que esta era a melhor altura para começar. É importante para nós e é uma reivindicação nossa de que se chegue a acordo com tudo o que vai acontecer até ao início do campeonato para que as regras estejam nessa altura todas em cima da mesa e devidamente assinadas. É fundamental que isso aconteça para que a meio do jogo as regras não mudem.

 

Tem-se falado na possibilidade de o clube não jogar no Bonfim. Como vê essa possibilidade?

Se o Vitória não tem condições para ter os jogos no Bonfim, se calhar mais de 80% dos clubes em Portugal também não as têm. Uma coisa é certa: nós vamos ser vistoriados e o que for necessário, nós vamos alterar. Se for necessário ter um balneário com X metros quadrados nós teremos. Temos as condições e queremos jogar na nossa casa porque é aqui que nos sentimos bem. A casa do Vitória é no Bonfim e é em Setúbal.

 

Que efeitos teria no Vitória um retrocesso na decisão de se voltar a jogar…

A nossa guerra sempre foi que houvesse campeonato até ao fim. Porquê? Porque acredito que se isso não acontecer mais de metade dos clubes do país entrariam em colapso financeiro. Não vamos enganar ninguém. Juntamente do presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e da Liga (Pedro Proença) criámos estratégias para que o campeonato regressasse dentro das regras que seriam adequadas a esta situação. Estamos satisfeitos pelo regresso. Uma coisa é certa: vamos cumprir e acho que todos os clubes também. É preciso é chegar ao primeiro jogo com tudo decidido e não com coisas por decidir para que a partir daí tudo funcione dentro da normalidade.

 

O Vitória estaria preparado para não concluir o campeonato?

O Vitória já fez muitas contas para chegar a esta fase na situação em que está. Se isso acontecesse, teria de fazer mesmo muitas mais contas de cabeça.

 

Plantel dividido em quatro grupos no primeiro treino

O Vitória regressou ontem ao trabalho no Estádio do Bonfim, com o plantel dividido em quatro grupos. Depois de os resultados do rastreio efectuado à covid-19 terem revelado que não existem infectados entre os jogadores, equipa técnica ou ‘staff’ dos setubalenses, os 27 atletas voltaram, 53 dias depois de terem treinado pela última vez, a trabalhar no relvado do Bonfim, desta vez divididos em quatro turnos.

João Valido, José Semedo, Carlinhos, Alex Freitas, Mathiola, Leandrinho e Leandro Vilela formaram o grupo 1, enquanto Lucas Paes, Montiel, André Sousa, Sílvio, Zequinha, Guedes e Mansilla foram os nomes que integraram o segundo grupo. No terceiro estiveram Makaridze, Mirko Antonucci, Berto, Jubal, Ébere Bessa, Nuno Valente e João Meira. O grupo 4 foi formado por Josué Duverger, Ghilas, Mano, Nuno Pinto, Pirri, Hachadi e Artur Jorge.

A sessão de trabalho, que decorreu entre as 9:00 e as 14:00, só teve início depois de os jogadores terem sido observados e de lhes ter sido medida a temperatura e excluída a apresentação de sintomas de doença. O Vitória assegurou que todo o material utilizado no treino, antes e depois de cada turno, foi devidamente desinfetado. Durante a semana, os comandados de Julio Velázquez treinarão sempre no Bonfim e com o plantel dividido em quatro grupos (de seis a sete elementos).

O Vitória, actual 12.º classificado, com 28 pontos, regressou ao trabalho juntamente com quase todas as outras equipas da I Liga, suspensa desde 12 de Março, após a 24.ª jornada, devido à pandemia da covid-19. Com o fim do estado de emergência no dia 3 de maio, o Governo autorizou o regresso dos jogos à porta fechada da principal competição de futebol, no fim-de-semana de 30 e 31 de Maio, numa decisão que, no entanto, está dependente de aprovação da Direção-Geral da Saúde (DGS).

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