PCP diz que quer ajudar os artistas portugueses que têm sido bastante penalizados com a pandemia, ao ficarem sem espectáculos
A festa do Avante vai manter-se, como sempre, em Setembro na Quinta da Atalaia, no Seixal. A diferença para este ano, é que no programa apenas vão constar artistas nacionais, de língua portuguesa ou que vivam em Portugal. Segundo o PCP, esta decisão tem por objectivo ajudar o sector da cultura, em crise devido à pandemia da Covid-19.
Em comunicado, os comunistas afirmam que o partido e a festa do Avante, agendada para 4, 5 e 6 de Setembro, “não são indiferentes ao momento de especial dificuldade que os artistas, técnicos, programadores, agentes e todos” os que “contribuem para que um espectáculo se realize, estão a passar”, devido à pandemia.
“O cancelamento de milhares de espectáculos, provocaram repentinamente, prejuízos enormes e perdas de rendimento avassaladoras aos cantores, músicos, engenheiros de som, técnicos de palco, luminotécnicos, trabalhadores do audiovisual e das artes cénicas e performativas, produtores, realizadores, agentes e muitos outros profissionais do espectáculo do país”, lê-se no comunicado.
Assim, o PCP e a organização da festa do Avante optaram por “excepcionalmente, alterar a programação musical deste ano de forma a dar exclusividade aos artistas portugueses, aos artistas que não sendo portugueses estão radicados em Portugal e aos artistas originários de países de Língua Oficial Portuguesa”.
Os comunistas prometem retomar, “naturalmente, uma programação musical com uma forte componente internacionalista” na edição de 2021.
A festa do Avante, órgão oficial do PCP, junta anualmente, durante três dias, milhares de pessoas na Quinta da Atalaia com uma programação musical e artística com dezenas de concertos.