26 Junho 2024, Quarta-feira

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Hortas urbanas: “não há nada que pague este sossego, próximo do paraíso”

Hortas urbanas: “não há nada que pague este sossego, próximo do paraíso”

Hortas urbanas: “não há nada que pague este sossego, próximo do paraíso”

Agricultura recreativa e social é também uma terapia, ainda mais nestes bizarros dias de pandemia

 

Francisco Inácio está desde as 9h00 no “seu terreno”, onde vai passar boa parte do domingo. “Estou a plantar batatas, depois vou encanar o feijão”, informou-nos. “É tudo para levar para casa, mas também para dar aos amigos”, afirmou, referindo-se ao resultado daquele labor.

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Do palmo de terra que cultiva tira muita coisa, que enumera com indisfarçável orgulho. “Colho daqui, conforme a época, batatas, feijão, alface, alhos, pepinos, pimentos, curgetes, abóboras, eu sei lá…” E colhe ainda fruta de árvore, como figos, pêras de S. João, pêssegos, abacates, marmelos e até uvas, pois tem uma pequena ramada a confinar o terreno. Vêm-se também muitas flores. E colhe, acrescentamos nós, sossego de espírito, tranquilidade de alma.

Diz Francisco que a maior parte dos que ali estão são reformados, mas ele, apesar de trabalhar na construção civil, como estucador de preferência, gosta de cultivar o seu pedaço, onde passa dias inteiros ao fim-de-semana. “Não há nada que pague este sossego, esta passarada. Parece que estamos na aldeia, próximos do Paraíso”.
E, a acrescentar a este quadro quase idílico, temos o almoço, ali feito e ali ingerido numa roda de amigos, observando, claro está, as medidas visando a contenção da epidemia que nos assola.

O cultivo das hortas será um complemento à subsistência familiar. Poderá também orientar-se para fins recreativos e pedagógicos ou terapêuticos, proporcionados pelo contacto com a natureza.

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O vereador Joaquim Tavares confiou a O SETUBALENSE que “o projecto está a resultar plenamente. Tal sucesso dever-se-á ao facto de “darmos formação às pessoas”, o que explica “que no espaço comum, gerido por quem o cultiva, não haja barracas, nem lixo”. ´´E um “espaço adequado aos dias de hoje”, acrescentou.

Concurso aberto para terrenos no Alto do Moinho e Soutelo

A Câmara do Seixal abriu candidaturas para a atribuição de talhões de terreno destinados a hortas urbanas, localizados nos espaços agrícolas do Alto do Moinho e Soutelo. Os interessados têm até 4 de Maio para fazerem chegar ao município, via electrónica, a documentação exigida. Para se inteirarem dos passos a dar, aconselhamos os eventuais candidatos a consultarem o Regulamento da Rede de Hortas Urbanas do Município do Seixal, no sítio da autarquia.

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O autarca Joaquim Tavares elucidou-nos que há espaços agrícolas no Monte Sião, Alto do Moinho, Soutelo e Quinta da Trindade. “Os talhões destinados à agricultura recreativa são mais pequenos, cerca de 50 m2; os orientados para a agricultura social são maiores, chegando a alcançar 150 m2”.

Por José Augusto

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