Docente da Escola Sebastião da Gama faleceu recentemente de doença súbita
“É natural. É uma pessoa, portanto não teria de ficar cá. Morreu como acontece a qualquer outro. Mas, peço desculpa, este deveria ter ficado entre nós, “por muitos e bons”, como soi dizer-se. Merecia-o.
É ingrato ver uma pessoa ir-se, ainda no activo, quando nos faz tanta falta a todos. À sua mulher e à sua querida filha Catarina, aos seus alunos, aos seus colegas e amigos, em que tive o privilégio de me incluir.
“Não esqueço o teu sorriso sempre simpático, mesmo que por vezes revelador de qualquer preocupação que te ia na alma. Não esqueço a atenção que davas aos teus alunos. Não esqueço a diversidade das plantas das tuas feiras que davam sempre um ar animado ao átrio da Escola e contribuíam para dar cor a alguns dias em que a vontade não era das mais fortes.
Falava contigo quase todos os dias, sabes? Mesmo sem estares presente. Porque de grande parte das salas de aula se via a tua obra com os alunos espalhada e pelos jardins da Escola.
Olha! Está ali mais uma árvore. Olha! Que quadrado será aquele? Um jardim de cheiros? Logo lhe pergunto…
E perguntava e aprendia também. Estavas lá quase sempre. Eras um bocado da Escola. Grande.
Que deixas muitas saudades.”
Paulo Rato