A Câmara do Seixal, no distrito de Setúbal, decidiu ontem encerrar o passeio ribeirinho do concelho para garantir o “afastamento social” e criou centros de acolhimento temporário para as “vítimas da Covid-19”.
As medidas fazem parte do Plano Municipal de Emergência, que vai entrar em vigor às 23:00, com o objetivo de “impor o cumprimento das restrições à circulação na via pública, a obrigatoriedade de isolamento e quarentena e o funcionamento dos serviços essenciais”, avançou a autarquia, em comunicado.
Neste sentido, o município decidiu encerrar o passeio ribeirinho entre a Amora e o Seixal, todos os parques, jardins e jogos de recreio, ou seja, os “espaços públicos que concentrem um elevado número pessoas, contrariando as orientações das autoridades de saúde para o afastamento social”.
Além disso, indicou, foram criados centros de acolhimento temporário “para as vítimas da covid-19 que venham a necessitar de alojamento”, como já acontecia com o Pavilhão Municipal da Torre da Marinha, na Arrentela.
Segundo a nota, a ativação deste plano também se deve à “elevada previsibilidade de casos de infeção em lares de idosos e outras instituições de apoio social”.
Por isso, o presidente da Câmara do Seixal, Joaquim Santos (CDU), endereçou um ofício ao Governo a exigir a realização urgente de testes à Covid-19 aos bombeiros, utentes e profissionais de lares de idosos e à Unidade de Cuidados Continuados Integrados do concelho do Seixal, para que “sejam despistados quaisquer focos de contaminação numa população de elevado risco”.
Lusa