Adega de Pegões: “Já somos a maior adega do país”

Adega de Pegões: “Já somos a maior adega do país”

Adega de Pegões: “Já somos a maior adega do país”

Responsáveis da Cooperativa falam em números de facturação em 2019 que impressionam e numa extensa lista de prémios conquistados ao mais alto nível em Portugal e no estrangeiro

 

Fundada em 1958, agora, 62 anos depois, a Adega de Pegões chega ao topo da pirâmide. “Fechámos o ano de 2019 com 23,1 milhões de euros em vendas, um número que poucas empresas no país têm no sector dos vinhos”, revela Jaime Quendera, enólogo e gestor na Cooperativa Agrícola Santo Isidro de Pegões a O SETUBALENSE. “
A Adega de Pegões, gerida por Mário Figueiredo (presidente) e pelos administradores Maria Helena Oliveira, Carlos Pereira e Jaime Quendera é a que mais vende, a mais premiada e com uma relação preço/qualidade altamente competitiva.

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O reputado enólogo não tem dúvidas em afirmar que a Adega de Pegões “é a maior empresa vitícola de Setúbal com uma cota de mercado de 33%. Ou seja, uma em cada três garrafas que se vendem na região de Setúbal é nossa, estamos a falar de todas as garrafas em mais de meia centena de produtos disponíveis no mercado”.

Um traço de imagem que, ao longo dos anos, tem sido associado à adega é um crescimento anual constante. 2019 não foi excepção. ”Crescemos3,5 milhões de euros, 95% das empresas da região não facturam isso. Esse número é só o que crescemos num ano, o que demonstra a nossa dimensão”.

Jaime Quendera, em função dos dados que possui, acredita que este é um cenário que vai manter-se. “Pensamos, e acreditamos, que vamos continuar no rumo de crescimento anual verificado nos últimos anos. Primeiro porque temos mais produção, depois porque somos cada vez mais conhecidos, e reconhecidos, a que se junta também uma maior visibilidade do vinho português no mundo”.

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A capacidade da adega em atrair novos clientes também ajuda a esta previsão optimista. “Temos cada vez mais movimentação junto das grandes cadeias de distribuição alimentar. Conhecem-nos, sabem que somos uma empresa fiável com produtos de qualidade segura,e sempre constante, o que é muito importante”, considera o gestor.
A exportação é uma vertente importante na actividade da adega. Mercado exterior que tem um peso na sua actividade, revela Jaime Quendera, “na ordem dos 35%, um número que tem sido regular ao longo dos anos. Aqui o que há a considerar é o facto dos 35% de há 10 anos valerem 3,5 milhões de euros e agora, em termos equivalentes, valem 8 milhões de euros. É significativo. Pensamos que este é um número paramanter e se possível melhorar”.

Na projecção para 2020 o gestor promete novidades “como sempre”, mas diz que “ainda não é altura para avançar com nomes ou produtos em concreto”. Mas garante que haverá novidades. “Também somos conhecidos pela nossa capacidade inovadora. Todos os anos lançamos produtos novos. Em 2019 foi o Vinhas Velhas e para este ano vamos ter certamente novidades que podem surgir a qualquer momento seja com vinhos novos ou vinhos exclusivos”.

Para o sucesso da produção, o factor qualidade da uva vindimada é fundamental. “Os vinhos da colheita de 2019 esperam-se extraordinários, já que, este ano, a uva chegou-nos num estado impecável. A qualidade, se não é a melhor de sempre, é certamente uma das melhores”, analisa o enólogo. “Setúbal tem muitos solos com aptidão agronómica para a plantação de vinha. A pouca variabilidade climatérica permite, regra geral, a formação e desenvolvimento de uvas de qualidade superior”, explica.

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Região de Setúbal que, realça Jaime Quendera,“é a que mais tem crescido nos últimos 20 anos. Chega a ser a número dois do país em certos meses. O ano passado registámos um crescimento de 16% nas vendas. Isto significa que o produto é bom, que as pessoas gostam e compram”.

No sentido de acompanhar mais e melhor a produção, os responsáveis da Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões não têm descurado a infraestrutura onde tudo acontece. Jaime Quendera conta que para este ano estão previstos pequenos ajustes estruturais.

“Estamos sempre a fazer pequenos investimentos nas nossas instalações, suportados pela Adega, ou seja, não são cofinanciados. Este ano ampliámos a sala de provas, vamos fazer uma sala de troféus e expandir o armazém para um melhor apoio à linha de produção”.

A Adega de Pegões é hoje uma adega moderna e competitiva reconhecida tanto a nível nacional como internacional, com mais de 500 distinções e prémios nos mais renomados concursos mundiais de vinhos.

A adega regista uma diversidade de marcas para a sua gama de produtos, que vai desde os vinhos de mesa passando pelos regionais, DOC, garrafeira, colheita seleccionada, moscatel, aguardentes e espumantes.

Vende a totalidade da sua produção engarrafada 65% para o mercado nacional e 35% para o internacional.

Por Luís Pestana

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