Má exibição sadina ajuda dragão a manter tradição no Bonfim

Má exibição sadina ajuda dragão a manter tradição no Bonfim

Má exibição sadina ajuda dragão a manter tradição no Bonfim

A equipa de Julio Velázquez foi incapaz de fazer frente a um FC Porto que assumiu as rédeas do jogo desde o apito inicial. Resistência dos vitorianos durou 39 minutos, quando Corona marcou num lance precedido de fora-de-jogo.

 

Ricardo Lopes Pereira

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O Vitória FC sofreu sábado a derrota mais pesada da presente temporada ao ser goleado, por 4-0, na recepção ao FC Porto, em jogo da 19.ª jornada da I Liga. O desfecho veio confirmar a malapata dos setubalenses nos duelos com os portuenses no Bonfim, estádio talismã para os dragões, uma vez que os adeptos verdes e brancos não celebram um êxito desde 6 de Março de 1983, já lá vão quase 37 anos!

A má exibição dos comandados de Julio Velázquez, que chegaram a esta partida vindos de dois triunfos fora de portas consecutivos (1-0 ao Belenenses SAD e 3-0 ao Tondela) e desde o apito inicial tiveram dificuldades em impor o seu jogo, contribui para explicar o desaire materializado nos golos de Corona e Alex Telles, ambos nos minutos finais da primeira parte, Soares e Luis Díaz, no segundo tempo.

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Com este resultado, o Vitória, apesar do desaire, mantém-se num tranquilo oitavo lugar, com 25 pontos, enquanto o FC Porto, que segue no segundo lugar do campeonato, recolocou em sete pontos a desvantagem para o Benfica, líder da prova, passando a somar 47. No próximo sábado, dragões e águias medem forças na Invicta e o Vitória desloca-se ao reduto do Moreirense.

Em relação à jornada anterior, o capitão Semedo, após cumprir castigo em Tondela, substituiu André Sousa no lado dos sadinos, enquanto o FC Porto, depois do duelo de terça-feira com o Gil Vicente, apresentou-se no Bonfim com Otávio e Luis Díaz como novidades no onze em detrimento de Romário Baró e Marega.

Obrigado a vencer para não ver o Benfica, que no dia anterior já tinha vencido o Belenenses SAD (3-2), aumentar de sete para 10 a distância na liderança da prova, o FC Porto cedo assumiu o controlo do jogo e começou a aparecer com perigo junto da área contrária. Aos nove minutos, Otávio aproveitou um mau alívio e Artur Jorge para rematar forte com muito perigo ao lado do poste direito da baliza defendida por Makaridze.

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Apesar da tentativa de reação dos sadinos, os comandados de Sérgio Conceição continuaram a ser mais ameaçadores e só não inauguraram o marcador, aos 26 minutos, porque Soares errou o alvo. Na resposta, o Vitória, na sua melhor (e única) oportunidade no primeiro tempo, não teve melhor pontaria num remate do argentino Mansilla.

Sem surpresa, tendo em conta o ascendente que tinha na partida, o FC Porto chegou ao golo, aos 39 minutos, num remate colocado de Corona. Após livre de Alex Telles na direita num lance em que Soares surge no interior da área em posição de fora-de-jogo, a bola sobra para o mexicano Corona que rematou para o 1-0.

Animados pelo golo, os azuis e brancos não tardaram a ampliar a vantagem por Alex Telles: aos 44 minutos, após passe de Sérgio Oliveira, o brasileiro, que já tinha participado na construção do 1-0, apontou o 2-0 com que se atingiu o intervalo.

Após o reatamento, o FC Porto cedo (48 minutos) matou a esperança sadina de poder lutar por uma recuperação no marcador. Soares, depois de um corte ineficaz de Artur Jorge, só teve de desviar a bola de Makaridze e rematar para o 3-0. A vantagem folgada permitiu aos dragões gerirem o jogo sem sobressaltos.

As melhores oportunidades do Vitória de Setúbal em todo o jogo para marcar aconteceram já aos 84 e 85 minutos, quando Sílvio e Carlinhos, respectivamente, obrigaram o guarda-redes Marchesín a aplicar-se para evitar o golo dos sadinos. Mais eficaz na baliza contrária foi Luis Díaz, do FC Porto, que, após uma série de avisos dos dragões, fechou as contas da goleada, por 4-0, em Setúbal já em tempo de compensação (90+1).

 

 

Julio Velázquez

«Não fomos uma equipa com

identidade e fico chateado por isso»

“O FC Porto foi muito superior. Não entrámos bem no jogo, nem a nível organizativo, nem em termos de atitude, nem em nenhum aspecto. Não estivemos bem de início. Eu acredito que se não atacarmos bem, defendemos ainda pior. E hoje não fomos capazes de fazer quatro ou cinco passes consecutivos.

Não fomos reactivos na perda de bola, não trabalhámos de maneira organizada em termos defensivos, não atacámos bem. Os dois golos que sofremos [na primeira parte] são totalmente absurdos, por falta de atenção, por não estarmos focados no lance. Depois na segunda parte tentámos, tentámos, mas aconteceu o terceiro golo e a partir daí o jogo já não teve história. Hoje não fomos uma equipa com identidade e fico chateado por isso. Mas é o futebol.”

 

 

Trio reforça plantel no mercado de janeiro

O guarda-redes brasileiro Lucas Paes, o médio espanhol Tófol Montiel e o extremo italiano Mirko Antonucci foram inscritos na passada sexta-feira como reforços do Vitória. O guardião, de 22 anos, ex-Louletano, chega ao Bonfim depois de os sadinos chegarem a acordo com os brasileiros do São Paulo. Lucas Paes fica vinculado à equipa até 2024. Formado no São Paulo, o internacional sub-20 brasileiro, de 22 anos, tem, entre outros, no currículo uma Taça Libertadores de sub-20 e uma Taça do Brasil do mesmo escalão.

O médio Tófol Montiel é reforço do Vitória até ao final desta época, cedido pelos italianos da Fiorentina. O jogador espanhol, de 19 anos, actuou assiduamente nos sub-20 do clube de Florença e o seu rendimento valeu-lhe a estreia na equipa principal, no passado mês de agosto, na vitória (3-1) sobre o Monza, em partida da 3.ª eliminatória da Taça de Itália.

Mirko Antonucci também chega emprestado a Setúbal. Oriundo da AS Roma, clube italiano pelo qual realizou quatro jogos oficiais em 2019/20 sob o comando do treinador português Paulo Fonseca, o atacante esteve na última época cedido ao Pescara, onde contabilizou 21 jogos.

Nota ainda para a inscrição dos jogadores sub-23 Josué Duverger (guarda-redes) e Amâncio (avançado). O Vitória revalidou ainda a inscrição do atacante dos juniores Hugo Neves.

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