Nuno Carvalho diz que Orçamento do Estado não resolve problemas dos transportes públicos

Nuno Carvalho diz que Orçamento do Estado não resolve problemas dos transportes públicos

Nuno Carvalho diz que Orçamento do Estado não resolve problemas dos transportes públicos

Os transportes fluviais e ferroviários não estão a dar resposta ao número de pessoas que fazem o movimento pendular entre margens. Ao mesmo tempo, o preço do novo passe não chegou ao Sado. São questões que o deputado Nuno Carvalho quer respondidas  

 

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O deputado social-democrata Nuno Carvalho quer saber qual o plano do Governo para dar resposta às queixas dos utentes sobre as falhas nas ligações ferroviárias e fluviais da margem sul e restante península de Setúbal.

O deputado eleito pelo círculo de Setúbal dirigiu-se ao ministro das Infraestruturas e Habitação e ao ministro do Ambiente e Acção Climática para perguntar sobre o concurso para aquisição de barcos para a Transtejo, nas ligações entre as duas margens do Tejo, o qual foi adiado em doze meses. Diz Nuno Carvalho que a frota “regista mais de 650 avarias por ano”, o que implica “mais de 650 supressões de carreiras”.

Quanto à ligação fluvial Setúbal-Troia, pediu esclarecimentos sobre o motivo da mesma estar excluída do Programa de Apoio à Redução. Tarifária nos Transportes Públicos, isto quando “mais de 200 pessoas todos os dias utilizam essa ligação para ir trabalhar, e o custo da ligação é superior a 70 euros por mês”. Diz o deputado que esta situação só ocorre porque “este apoio aos passes sociais exclui as ligações entre diferentes comunidades intermunicipais, neste caso entre a Área Metropolitana de Lisboa e Comunidade Intermunicipal do Litoral Alentejano”.

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Nesta interpelação no âmbito das audições do Orçamento do Estado 2020, o deputado eleito por Setúbal questionou o ministro Pedro Nuno Santos sobre “a possibilidade de aumento de horários, em especial nas estações em Setúbal e Palmela, e ainda a extensão desta linha até à Gare do Oriente, quando actualmente termina na estação Roma-Areeiro.

Sobre esta matéria, Nuno Carvalho conclui existir uma situação de “ruptura” e “sem resposta”, uma vez que “não há como aumentar horários e estender a ligação até à estação da Gare do Oriente com o equipamento que existe”. Por outro lado, “o Tribunal de Contas produziu em 2011 um relatório onde refere que produção do actual equipamento foi descontinuada. Não existindo qualquer plano para o Governo aumentar a quantidade do material circulante”.

O deputado do PSD relembrou ainda que “foi assinada uma prorrogação de contrato até 2024” e que “há um limite de bancos que podem ser removidos para ganhar mais espaço”, na sua opinião “só com mais carruagens” é possível transportar mais passageiros, mas “isso não foi acautelada na prorrogação da concessão”. Em conclusão, considera “chocante ter percebido que o ministro e o secretário de Estado assinaram este acordo sem noção dos problemas”.

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Perante todo este quadro, Nuno Carvalho considera que o Orçamento do Estado “não traz qualquer novidade para os problemas nos transportes da margem sul”, tanto este território como a restante península de Setúbal, estão-se a transformar numa ilha”.

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