O funeral do professor João Pedro Chagas, figura do Ensino que marcou gerações de alunos no Liceu e na Escola Comercial, em Setúbal, realiza-se esta quarta-feira, pela manhã. O corpo sai, pelas 9h30, da Capela de S. Paulo, no Bairro do Liceu, em Setúbal, onde esteve em câmara ardente desde a tarde desta terça-feira, rumo ao crematório da cidade sadina.
João Pedro Chagas, de 75 anos, faleceu no sábado na sua casa, na Quinta das Amoreiras, no Bairro do Liceu.
Natural de Setúbal, onde sempre residiu, o docente era bastante popular na comunidade setubalense, sobretudo nos meios ligados ao sector da Educação. Tinha a particularidade de ser invisual. Os alunos costumam contar histórias sobre a sua enorme capacidade para ver tudo o que se passava na sala de aula, apesar de ser cego. Leccionou as disciplinas de Filosofia e Psicologia, contribuindo para o enriquecimento curricular de mais de quatro mil alunos, ao longo de quatro décadas no activo, no Liceu e na Escola Comercial.
A família encontrou-o morto na casa onde vivia sozinho, no sábado, depois de estranharem a sua ausência durante o dia de sexta-feira.
“Estive em sua casa na sexta-feira à noite e, no sábado, como não atendia o telefone, dirigi-me a sua casa, por volta da hora do almoço, já a pensar o pior, e confirmou-se”, contou ao DIÁRIO DA REGIÃO Helena Teixeira, prima de Pedro Chagas. Segundo a mesma familiar, dias antes de falecer, o professor andava muito constipado. Uma comerciante, do café que o docente frequentava habitualmente, no Bairro do Liceu, revelou ao DIÁRIO DA REGIÃO que João Pedro Chagas se queixou, na sexta-feira, de dificuldades respiratórias.