O avançado marroquino saltou do banco e marcou o golo que valeu o triunfo ao Vitória. Está desfeito o ciclo negativo, num jogo em que os bracarenses tiveram mais oportunidades mas não conseguiram bater a defesa sadina e uma muralha chamada Makaridze. No final, Sandro Mendes considerou a vitória justa.
O Vitória recebeu e venceu o Braga, naquele que foi o primeiro triunfo da equipa de Sandro Mendes nesta edição do campeonato. Khalid Hachadi marcou o primeiro golo dos setubalenses e valeu três pontos à turma do Sado, que chega aos seis pontos em cinco jornadas e dá um salto importante na tabela classificativa.
Os sadinos entraram em campo com Guedes e Mansilla, que se estrearam como titulares, mas apesar das alterações estratégicas a primeira parte não foi de boas memórias para o Vitória. Os bracarenses, como já se esperava, entraram pressionantes e com fome de confirmar o favoritismo mas a primeira ocasião clara foi vitoriana – Semedo, que apareceu sozinho na área, errou o alvo (15’). Já aos 36 minutos, o Bonfim viu um remate de Ricardo Horta a embater no ferro e, aos 45’, o avançado voltou a ficar a centímetros do golo.
A segunda parte recomeçou com uma forte insistência do Braga, sempre negado por Makaridze, que foi gigante na baliza e evitou os golos a Ricardo Horta, João Novais e Sequeira. Dizem que quem não marca, sofre, e o jogo de sexta-feira confirmou-o – aos 74 minutos, Hachadi aproveitou um lance confuso para marcar o primeiro golo do emblema do Sado. Sílvio cruzou, Mansilla cabeceou para uma grande defesa de Matheus e depois ficou ‘enrolado’ com Éber Bessa e os defesas adversários, com a bola a sobrar para um desvio fortuito de Hachadi.
Inconformado, o Braga pressionou e acabou assustado pelos contra-ataques do Vitória, que beneficiou das substituições e respetivas entradas de Hachadi, Zequinha e Éber Bessa. Já nos descontos, a missão bracarense ficou ainda mais complicada quando Fransérgio viu o cartão vermelho por agressão a Semedo. Artur Soares Dias ainda recorreu ao VAR antes de tomar a decisão, que não foi contestada pela equipa minhota.
Após o final do encontro, as opiniões divergiram-se entre adversários. Sandro Mendes classificou como justa a vitória sadina e aproveitou para deixar um recados aos críticos, recordando que o grupo que venceu o jogo é o mesmo que atravessou “uma nuvem negra” nas últimas semanas. Já Ricardo Sá Pinto, que sofreu a terceira derrota em cinco jogos do campeonato, falou em superioridade bracarense e contestou a arbitragem, falando de um penálti não assinalado antes do lance da expulsão de Fransérgio.
Declarações do treinador Sandro Mendes
“Nada mudou, temos de continuar a trabalhar”
“Foi completamente justo. Fizemos um golo, não sofremos nenhum. Qual é a injustiça? Foi um jogo difícil, com grandes jogadores. Eles tiveram mais posse de bola, ou melhor, demos-lhes mais posse de bola, soubemos sofrer e felizmente conseguimos o que não tínhamos conseguido nos outros jogos. Fizemos um golo e conseguimos ganhar.
Os jogadores são seres-humanos. Sentem e ouvem, não são surdos. Fizeram uma nuvem negra à volta deste grupo e ainda não percebi porquê. Tenho as minhas ideias, não as vou dizer aqui, mas este grupo é fantástico e o foi fantástico para todos. Os jogadores e a equipa técnica que cá estão são os mesmos da semana passada. Nada mudou, temos de continuar a trabalhar.”