Festival Luísa Todi estreia versão em português da ópera “Cosí Fan Tutte”, de Mozart

Festival Luísa Todi estreia versão em português da ópera “Cosí Fan Tutte”, de Mozart

Festival Luísa Todi estreia versão em português da ópera “Cosí Fan Tutte”, de Mozart

A programação do certame, este ano, também “terá uma segunda parte no verão”

O Festival Luísa Todi, que decorre em Setúbal de 3 a 11 de janeiro, estreia uma versão portuguesa de “Cosí Fan Tutte”, de Mozart, uma ópera para bebés, “Os Xúbis”, de Jorge Salgueiro, e revela uma obra de Vítor Rua.

- PUB -

A programação do festival, este ano, também “terá uma segunda parte no verão”, disse à agência Lusa, o seu diretor artístico, o maestro Jorge Salgueiro.

“Escola de Amantes – Cosí Fan Tutte”, uma versão em português de Diogo Oliveira, da ópera de Mozart, com libreto de Lorenzo Da Ponte, estreada em 1790, estreia-se no dia 11 de janeiro, no Forum Luísa Todi.

Trata-se de “um curso rápido para amantes em 90 minutos”, explicou Jorge Salgueiro à Lusa. “Dois homens, desafiados por um filósofo cínico, testam a fidelidade das suas noivas trocando identidades. As mulheres, sem reconhecer os disfarces, começam a ceder às investidas dos ‘estrangeiros’. O jogo de enganos evolui entre humor, ciúme e confusão emocional”.

- PUB -

A ópera vai ser representada pelo tenor Sérgio Martins, o barítono João Merino, as sopranos Mariana Chaves e Constança Melo, a meio-soprano Elisa Bastos e o baixo-barítono Diogo Oliveira, acompanhados por um ensemble constituído por dois violinos, uma violeta, um violoncelo e um piano, sob a direção musical e encenação de Jorge Salgueiro. O cenário, figurinos e adereços são de Maria Madalena.

Um concerto pelo Coro Setúbal Voz, sob a direção musical de João Merino, na manhã do dia 03 de janeiro, na Igreja do Convento de Jesus, inicia o Festival Luísa Todi.

Do programa do concerto, entre outras peças, fazem parte “Tollite Hostias”, o coro final da Oratória de Natal, de Camille Saint-Saëns, “Evening Rise”, canto tradicional de povos nativos da América do Norte, com arranjos de Meinhard Ansohn, “Ay Linda Amiga”, de um anónimo do século XVI, “Esta Terra”, um poema de Francisco Pino musicado por Javier Busto, e a obra de Vitor Rua, composta este ano, “Metafísica do Dó Ré Mi, ou Como a Garganta Inventou o Universo”.

- PUB -

“A letra, construída como poema musicológico, revela que um coro é, ao mesmo tempo corpo, cosmos e comédia”, disse Jorge Salgueiro, referindo que a peça é dedicada ao Coro Setúbal Voz.

Do programa faz ainda parte “Lascia Ch’Io Pianga”, da ópera “Rinaldo” (1711), de Georg Haendel, com arranjos de Salgueiro. Esta ária foi adotada como hino da Associação Setúbal Voz.

No dia 09, na Glorieta Luísa Todi, são colocadas flores no busto de Luísa Todi, cantora lírica que viveu entre 1753 e 1833, que atuou na corte portuguesa e fez sucesso em Londres, Paris, Turim, São Petersburgo, Berlim, entre outras cidades, tendo sido considerada como uma das melhores vozes de sempre, rivalizando com a soprano alemã Gertrud Elisabeth Mara (1749-1833).

Além da colocação das flores será apresentado um espetáculo que simula o nascimento de Luísa Todi, protagonizado pela soprano Mariana Chaves.

“Este espetáculo junta a dança contemporânea com o canto”, explicou Jorge Salgueiro. A banda sonora é constituída por música da época de Luísa Todi e de autoria de Jorge Salgueiro, também responsável pela conceção e direção artística, sendo a corporalidade e coreografia de Iolanda Rodrigues.

A ópera “Os Xúbis”, concebida “para assustar os adultos e divertir os bebés”, sobe a cena no dia 11, no terraço do Fórum Luísa Todi.

“Os xúbis são criaturas muito inteligentes do Planeta Dedabelir, que têm a capacidade de comunicar com os animais e vieram ao planeta Terra, depois de ouvirem pedidos de ajuda dos animais. Os xúbis vão ouvir o que os animais têm a dizer e, com a ajuda de uma jornalista, espalhar a mensagem para todo o planeta. Na sua despedida de outros planetas, os xúbis cantam sempre o hino de Dedabelir, um hino de liberdade e de amor pelos seres que são diferentes de nós”, adiantou à Lusa Salgueiro.

Esta ópera de Jorge Salgueiro conta com os desempenhos de Constança Melo, Mariana Chaves e Maria do Mar.

A ópera inclui trechos de música tradicional portuguesa, tem “acompanhamento científico da psicóloga clínica infantil Rute Silva, e os figurinos, cenário e adereços são de Maria Madalena.

No mesmo dia, na sala do Forum Luísa Todi sobe a cena “Carmen, o Musical”, uma versão portuguesa de Jorge Salgueiro, que também assina arranjos, encenação e direção artística. A interpretação é do Ateliê de Musicais para Jovens e celebra os 150 anos da estreia da ópera “de Bizet, em Paris, em 1875.

Trata-se de “uma versão pop da ópera de Georges Bizet” com Maria do Mar, Anaïs Picado, Ângela Luz, Rita Cortez, Carolina Obst, Márcio Severino, Carolina de Jesus, Afonso Monchique, Lucas Bontea, Maria Inês, Alexandra Aldeano e Gonçalo Santos.

Os elementos do Ateliê de Musicais para Jovens têm entre 10 e 20 anos, e apresentam pelo menos um musical por ano.

“O objetivo é dar a conhecer, desenvolver e estimular os jovens para as artes de palco, nomeadamente a dança, o teatro e, em especial, o canto lírico”.

Da sua atividade, Salgueiro destacou a estreia, no ano passado, do musical comemorativo dos 50 anos do 25 de Abril.

O festival tem um orçamento de 10.000 euros, segundo Jorge Salgueiro.

No ano passado assistiram às 15 récitas do festival cerca de 3.000 pessoas.

A Associação Setúbal Voz, que organiza o Festival, é financiada pela Direção-Geral das Artes, para o biénio 2025/26, e tem como “parceiro estratégico” o Município de Setúbal.

Partilhe esta notícia
- PUB -

Notícias Relacionadas

- PUB -
- PUB -

Apoie O SETUBALENSE e o Jornalismo rumo a um futuro mais sustentado

Assine o jornal ou compre conteúdos avulsos. Oferecemos os seus primeiros 3 euros para gastar!

Quer receber aviso de novas notícias? Sim Não