Projeto de intervenção foi apresentado em detalhe numa reunião técnica com a Câmara Municipal do Seixal
A Infraestruturas de Portugal assegurou esta segunda-feira que decorrem medidas de curto prazo na Estrada Nacional 378, que liga os concelhos do Seixal e Sesimbra, para responder “de imediato” às necessidades de segurança, antes de uma intervenção estrutural em 2026. Segundo a Infraestruturas de Portugal (IP), o projeto de intervenção foi apresentado ontem em detalhe numa reunião técnica com Câmara Municipal do Seixal.
O projeto, revelou a empresa em comunicado, “integra os contributos oportunamente apresentados pelo município no âmbito do processo de auscultação realizado em 2024”.
A EN 378 ficou inundada em 13 de novembro devido às fortes chuvas registadas, afetando vários veículos.
Posteriormente, em 9 de dezembro, a IP indicou que as obras para uma intervenção estrutural deveriam arrancar no final do primeiro semestre de 2026, num investimento estimado de 20 milhões de euros.
Na reunião que decorreu, acrescenta a IP, foi também analisada a necessidade de intervenções complementares na área envolvente à EN378, da responsabilidade de outras entidades, entre as quais o município do Seixal.
“Esta articulação foi detalhadamente abordada, tendo em vista a adoção das medidas necessárias à sua execução com a celeridade que a situação justifica, uma vez que apenas uma intervenção coordenada entre o sistema de drenagem da estrada e da zona envolvente permitirá garantir, de forma duradoura, a preservação da integridade da via e a sua utilização em condições de segurança”, reforça a IP.
Citado na nota, o presidente da IP, Miguel Cruz, salienta que “a eficácia desta intervenção depende de uma atuação articulada entre todas as entidades com responsabilidade no território”.
“A IP está a fazer a sua parte, promovendo o diálogo técnico e assegurando que o projeto integra soluções compatíveis com a realidade local”, refere.
Ainda de acordo com a IP, a intervenção de fundo na EN378 tem incidência particular na reformulação integral do sistema de drenagem e na beneficiação dos pavimentos, encontrando-se “atualmente em curso as diligências prévias necessárias à publicação do respetivo anúncio, estando o lançamento do concurso previsto para o início de 2026 e o arranque da obra até ao final do primeiro semestre”.
“A EN378 é uma infraestrutura crítica para a mobilidade da região e exige uma resposta estrutural, técnica e coordenada”, acrescenta Miguel Cruz, explicando que, por isso, “a IP tomou a decisão de avançar com uma intervenção de fundo, devidamente preparada, que permita resolver de forma definitiva os problemas identificados, em particular ao nível da drenagem e do pavimento”.
Enquanto a intervenção estrutural é preparada, adianta a IP, a prioridade é que sejam asseguradas as condições de segurança na EN378, através da monitorização permanente, da execução de ações de manutenção e do apoio direto aos utilizadores.
Entre as ações em curso, a IP (cujo acionista é o Estado Português estando sujeita à tutela do Ministério das Infraestruturas e do Ministério das Finanças), destaca a monitorização contínua da via e articulação permanente para garantia das condições de segurança, a limpeza dos sistemas de drenagem, correções no pavimento e execução de intervenções pontuais, a disponibilização de Unidades Móveis de Inspeção e Assistência (UMIA) ao longo de toda a extensão do troço e o reforço e adequação da sinalização às condições concretas existentes.
Estas medidas de curto prazo complementam a intervenção estrutural de fundo já aprovada, “permitindo responder de forma imediata às necessidades de segurança, enquanto se prepara uma solução definitiva que aumentará a resiliência da EN378 face a fenómenos meteorológicos extremos”, acrescenta a empresa.