Alegações finais do julgamento de Diana Fialho e Iuri Mata terminaram com o promotor do Ministério Público implacável, a pedir pena máxima.
Durante as alegações finais feitas esta tarde o Ministério Público (MP) foi peremptório ao pedir que, Diana Fialho e Iuri Mata sejam condenados à pena máxima de 25 anos. Expondo que as provas mostram a “forma frívola e animalesca”, como foi posto termo à vida de Amélia Fialho, o promotor classifica o homicídio cometido pelo casal como “escabroso, maquiavélico e com requintes de barbárie”.
Segundo o jornal Público avança, o procurador do Ministério Público recordou que a vítima queria ser mãe e por isso acolheu Diana Fialho, como filha adoptiva. Um acto que não impediu Diana Fialho de, anos mais tarde, arquitectar um plano, para se “desenvencilhar” da mãe, de forma a se apropriar dos seus bens.
O magistrado recordou ainda que, quando Diana foi à PSP dar conta do desaparecimento da mãe, referiu que a mesma não tomava medicação nem sofria de qualquer problema psicológico. Dados que provam que Amélia Fialho não podia estar a tomar os medicamentos que foram encontrados na analise toxicológica. Um antidepressivo e um indutor de sono.
“Esta senhora foi alvo de uma medicação que não estava prescrita por nenhum médico e que foi colocado de forma externa no seu organismo”, disse. No seguimento desta alegação o promotor referiu ainda que, “os arguidos golpearam a vítima com um martelo ou com outro objecto contundente”.
Setembro de 2018 na cronologia do crime
Durante o julgamento de Diana Filaho e Iuri Mata a inspectora da PJ, Fátima Vira, explicou ao colectivo de juízes como a investigação levou à detenção do casal, quando o corpo carbonizado ainda não tinha sido identificado. “Fomos alertados para a presença dum corpo num local ermo em Pegões, cujas caraterísticas físicas se assemelhavam com a descrição de uma pessoa desaparecida no Montijo”.
A inspectora apontou para a altura do corpo, uma pessoa de baixa estatura, e para as unhas pintadas num pé recuperado, que fazia crer de que se tratava de uma mulher. “Foi então que nos dirigimos à residência da arguida, que aceitou que realizássemos uma busca sumária”, relatou a Fátima Vira.
Os inspectores depararam-se com um forte cheiro a incenso dentro de casa a par de outro detalhe. A roupa dos arguidos estava estendida na varanda do quarto destes com um forte cheiro a lixivia e numa t-shirt de Iuri estavam ainda vestígios de sangue.
Os bens do casal foram então apreendidos, inclusive um computador onde foram identificadas buscas online sobre como se desfazer de um corpo. E no Opel Astra de Amélia Fialho foi descoberto sangue.
Segundo acusação confirma, após o homicídio, os arguidos embrulharam o corpo e colocaram-no na bagageira de um carro e deslocaram-se até um terreno agrícola, em Pegões, onde com recurso a gasolina, “atearam fogo ao cadáver”.