Autarquias e Autoeuropa paralisaram completamente. Diretor-geral da AISET garante que a indústria laborou normalmente
A greve geral desta quinta-feira não teve grandes impactos na indústria da Península de Setúbal, à exceção da Autoeuropa. Quem o diz é o diretor- -geral da Associação da Indústria da Península de Setúbal (AISET), Nuno Maia.
“A generalidade das empresas industriais da Península de Setubal laborou normalmente com nulo ou marginal impacto da greve”, referiu em declarações a O SETUBALENSE.
Já a Autoeuropa e as empresas fornecedoras de peças do Parque Industrial de Palmela pararam completamente a produção esta madrugada e manhã de quinta-feira devido à greve, refere notícia do Jornal de Notícias. Segundo as comissões de trabalhadores a adesão à greve rondou os 60%, enquanto nas empresas em redor da fábrica de Palmela, houve casos em que chegaram aos 95%.
Nos transportes, serviços de saúde e autarquias o cenário foi diferente. O Expresso diz que as câmaras municipais de Setúbal e Palmela encerraram completamente, graças à adesão, paralisando entre os 98% a 100% nos turnos de recolha noturna.
Segundo dados do PCP Litoral Alentejano a greve fez-se sentir nesta região desde logo na Câmara de Santiago do Cacém e na Câmara de Sines (94%), na Câmara de Alcácer do Sal (93%) e na Câmara de Grândola (92%). A REN e a Lota/ Docapesca são dois exemplos de serviços que estiveram completamente encerrados. As finanças e o tribunal, em Santiago do Cacém, também estiveram encerrados.
CP e Infraestruturas de Portugal apresentaram 100% de adesão em vários pontos da rede ferroviária, bem como a Transtejo/Soflusa, que assegurou apenas as ligações fluviais da Área Metropolitana de Lisboa nos serviços mínimos.
Na saúde, e no que diz respeito à nossa região, a Unidade Local de Saúde (ULS) Almada-Seixal – Hospital Garcia de Orta – e a ULS Arrábida – Hospital São Bernardo – registaram adesões entre 90% e 100%, afetando urgências, serviços técnicos, blocos operatórios e enfermarias.
Um pouco por toda a região milhares de pessoas saíram à rua, como foi o caso de Setúbal (ver peça ao lado), para se manifestarem contra as alterações à Lei Laboral que o Governo propõe. Segundo divulgou a CGTP-IN na manhã de hoje a adesão à greve fez paralisar mais de três milhões de pessoas.