Câmaras de Alcácer do Sal e Grândola continuam contra a Mina da Lagoa Salgada

Câmaras de Alcácer do Sal e Grândola continuam contra a Mina da Lagoa Salgada

Câmaras de Alcácer do Sal e Grândola continuam contra a Mina da Lagoa Salgada

Foto: DR

Ambas as autarquias emitiram pareceres desfavoráveis ao projeto que está planeado instalar-se entre estes dois concelhos

O projeto de implantação da Mina da Lagoa Salgada, alvo de reformulação e submetido a nova consulta pública, cujo prazo terminou no passado dia 27 de novembro, voltou a merecer o parecer desfavorável por parte dos executivos de Alcácer do Sal e Grândola.

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Em causa estão riscos ambientais, hídricos e de saúde, associados à exploração de cobres e outros metais.

A presidente da Câmara de Alcácer do Sal fez saber que “este projeto não é uma mais-valia” para o concelho. Clarisse Campos sublinhou os impactos negativos, nomeadamente para o meio “aquífero, o risco de contaminação das águas subterrâneas que alimentam uma grande parte da nossa população, a nível florestal e da agricultura”, evidenciando o previsto abate de 2331 exemplares de sobreiros.

A posição do município foi dada a conhecer, publicamente, no período antes da ordem de trabalhos da última reunião do órgão executivo, com base no parecer técnico emitido submetido no último dia do período de consulta.

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A oposição à instalação da Mina da Lagoa Salgada é partilhada pela Câmara de Grândola, que aprovou a sua posição contra o projeto, em reunião extraordinária do executivo, realizada a 27 de novembro.

De acordo com nota de Imprensa enviada a O SETUBALENSE a deliberação, aprovada por unanimidade, foi fundamentada pelos “riscos ambientais, sociais e económicos identificados”, não sendo garantida “a segurança e a qualidade de vida da população do concelho”.

A autarquia reafirma, ainda, as “preocupações graves como a possível contaminação de aquíferos, o risco de acidentes relacionados com o transporte de substâncias perigosas, a emissão de poeiras e a incompatibilidade com o Plano Diretor Municipal de Grândola e com a Estratégia Regional Alentejo 2030”.

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No documento, pode ler-se que “o escoamento do minério, conforme previsto no projeto, será realizado pela Estrada Municipal 543, a qual não possui capacidade estrutural nem as condições de segurança necessárias para suportar o tráfego de veículos pesados, sendo inadmissível exigir que o município assuma o investimento necessário para adequar esta infraestrutura às exigências técnicas enunciadas”, lê-se na mesma informação.

Os dois municípios têm assumido posições firmes de oposição ao projeto, desde a sua primeira versão, alertando para os efeitos que esta exploração poderá ter para o ambiente, recursos e qualidade de vida das populações.

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