Candidato presidencial nomeia jovem com longa ligação académica e profissional ao estudo do concelho setubalense
O historiador setubalense Diogo Ferreira foi anunciado como mandatário distrital de Setúbal da candidatura de António Filipe às eleições presidenciais, que conta com o apoio do PCP. Nascido em 1991, Diogo Filipe dos Santos Ferreira é licenciado em História e mestre e doutor em História Contemporânea, apresentando uma longa ligação académica e profissional ao estudo do concelho onde nasceu. O anúncio desta escolha foi feito nesta quarta-feira pelo gabinete de Imprensa regional da candidatura.
A sua dissertação de mestrado, “Setúbal e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918)”, e a tese de doutoramento, “Setúbal entre a República do pós-guerra e a Ditadura Militar”, reforçam essa relação, que é também visível na extensa produção que tem dedicado à história local. Autor de 15 livros e múltiplos artigos, tem igualmente proferido dezenas de conferências e colaborado em diversos projetos de investigação, entre os quais o “Memória para Todos”, com destaque para o trabalho de resgate da memória dos presos políticos de Setúbal. A sua obra mais recente é “História da Freguesia do Sado”.
Diogo Ferreira é investigador integrado do centro História, Territórios e Comunidades (NOVA FCSH) e do Centro de Ecologia Funcional – Ciência para as Pessoas e o Planeta, da Universidade de Coimbra. Exerce ainda funções como técnico superior na Câmara Municipal de Setúbal, no Gabinete de Promoção e Divulgação do Património Histórico e Cultural.
Na área cívica e associativa, foi dirigente da Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão e eleito independente para a Assembleia de Freguesia de São Sebastião em 2021 e 2025. Em 2023, foi distinguido como Figura do Ano na Gala Golfinhos d’Ouro, promovida pelo jornal O SETUBALENSE.
Na declaração de candidatura de António Filipe, é explicado que a mesma se identifica “sem reservas” com os valores de Abril consagrados na Constituição, sendo uma candidatura “capaz de unir os democratas que não se conformam com o facto de a direita controlar todos os órgãos de soberania”. Apresenta-se também como “capaz de unir os portugueses na luta por uma alternativa” ao estado atual do País e de “resgatar a esperança e abrir horizontes de futuro”.