Evento na Praça Almirante Reis reuniu forças de segurança, associações militares e civis, e diversas individualidades locais
O município de Setúbal celebrou o 107.º aniversário do Armistício, que marcou o fim da I Guerra Mundial, em 11 de novembro de 1918, com uma cerimónia teve lugar junto ao Monumento aos Combatentes na Grande Guerra, na Praça Almirante Reis. O evento desta terça-feira contou com a presença de representantes do município, forças de segurança, associações militares e civis, e diversas individualidades locais.
Presente nesta cerimónia esteve a vice-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria do Carmo Tiago, que sublinhou a importância de recordar este “momento decisivo” da história, que encerrou “quatro anos de destruição e sofrimento”. Segundo a autarca, a data deve honrar “não apenas os soldados que estiveram na linha da frente”, mas também “todos os que sofreram com a guerra”, incluindo enfermeiros, mulheres, crianças e outros civis afetados pelo conflito.
Para Maria do Carmo Tiago, o dia do Armistício é também um convite à reflexão sobre a paz, o diálogo entre os povos e a responsabilidade das gerações futuras, lembrando que, ainda hoje, o mundo “enfrenta conflitos, desigualdades e intolerâncias”.
Com organização do Núcleo de Setúbal da Liga de Combatentes, a homenagem contou com a deposição de flores, os tradicionais toques de silêncio e a alvorada, momentos que prestaram homenagem aos mortos do conflito, explica a Câmara Municipal de Setúbal em nota de Imprensa enviada à redação d’O SETUBALENSE. Entre os presentes estiveram membros do executivo municipal, do Núcleo de Setúbal da Liga de Combatentes, o presidente da União das Freguesias de Setúbal, Nuno Cruz, elementos da GNR, PSP, Capitania do Porto, Clube Militar de Oficiais, Associações de Deficientes das Forças Armadas, Paraquedistas e Especialistas da Força Aérea, assim como representantes da Santa Casa da Misericórdia de Setúbal.
A I Guerra Mundial, que decorreu entre 1914 e 1918, envolveu cerca de 200 mil combatentes portugueses, com mais de 10 mil mortos, muitos na Batalha de La Lys, na região francesa da Flandres. A cerimónia desta terça-feira recordou “não só a memória” destes combatentes, mas também a “importância de manter viva a reflexão sobre a guerra e a paz”, acrescenta o município no comunicado.