Governante disse ainda esperar que o acordo para a construção do parque fotovoltaico esteja fechado “nas próximas semanas”
A Megasa, que detém a Siderurgia Nacional, a Parque Cidades do Tejo e o Porto de Lisboa estão em negociações para a construção de um parque fotovoltaico num terreno contíguo à unidade industrial no Seixal, disse esta terça-feira à Lusa o ministro das Infraestruturas.
“O terreno está identificado, é imediatamente contíguo a esta unidade industrial, é um terreno que tem uma parte que pertence ao Porto de Lisboa e outra parte que pertence à Parque Cidades do Tejo e é com estas duas entidades que eu hoje faço também esta visita, no sentido de poder fechar um acordo que seja bom do ponto de vista ambiental, mas que seja bom também do ponto de vista do consumo e da redução dos custos para esta indústria”, afirmou o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, após uma visita às instalações da Siderurgia Nacional no Seixal.
O governante sublinhou que a Megasa, espanhola dona da Siderurgia Nacional, é o maior consumidor individual de eletricidade do país.
“Estamos em negociações com a Megasa no sentido de garantir que esse parque fotovoltaico é construído, construído de forma integrada ambientalmente e sustentavelmente, para poder reduzir ainda mais a pegada carbónica que esta unidade industrial contempla”, avançou Miguel Pinto Luz.
A visita desta terça-feira, explicou, teve como objetivo conhecer no terreno a realidade daquela unidade fabril, que “produz todo o ferro para a indústria da construção nacional e, por isso, é “essencial para todo o esforço de construção em termos de obras públicas grandes, de infraestruturas, mas também na habitação”.
O governante disse ainda esperar que o acordo para a construção do parque fotovoltaico esteja fechado “nas próximas semanas”.
No final do ano passado, em 26 de novembro, o grupo espanhol que controla as fábricas no Seixal e na Maia (distrito do Porto) anunciou que ia parar a produção nas fábricas do Seixal e da Maia devido à “duplicação do preço de mercado da energia”, antecipando que a situação se pudesse repetir nos dias seguintes.
Em fevereiro do ano passado, a Greenvolt anunciou que ia instalar 8.000 painéis solares na unidade da Maia, no âmbito de um contrato com a Megasa.