Santiago do Cacém inaugura monumento “Da Lagoa ao Castelo”

Santiago do Cacém inaugura monumento “Da Lagoa ao Castelo”

Santiago do Cacém inaugura monumento “Da Lagoa ao Castelo”

Instalação decora rotunda na Zona Industrial Ligeira

A escultura “Da Lagoa ao Castelo”, instalada na Zona Industrial Ligeira de Santiago do Cacém, foi inaugurada na manhã deste sábado, na presença do seu autor, o artista João Pedro Santos, do executivo da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, que apoiou a concretização da obra e da presidente da União de Freguesias de Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra, numa cerimónia que ficou como uma despedida dos autarcas em fim de mandato. 

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Num dos seus últimos atos públicos enquanto presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha presidiu ao evento, referindo-se ao momento como um “motivo de orgulho”, para além de uma “expressão cultural”, que reflete a possibilidade dada ao autor de poder “dar corpo àquilo que é a sua vida enquanto artista, naquela que é a sua terra”. Para o autarca, a obra “representa o território, o concelho de Santiago do Cacém, na sua diversidade, aquele que tantas vezes se tem dito que é uma terra única”. Em jeito de retrospetiva, o presidente cessante afirmou que, apesar da existência de algumas exposições pontuais e mostras temporárias, a cidade “necessita de arte de rua” e lembrou a instalação de um outro monumento, que também inaugurou, em homenagem ao primeiro automóvel que chegou a Portugal e que foi para Santiago do Cacém. Frisando terem sido “muitas as obras” descerradas ao longo dos últimos 12 anos, recordou, também, a sua primeira inauguração, na Aldeia do Cano, na freguesia de Cercal do Alentejo, fazendo um paralelismo com a presente, visto tratar-se da última cerimónia inaugural à qual preside, no concelho, e que ficará na sua memória “para sempre”, perdurando uma «relação especial» com a mesma. Álvaro Beijinha deixou o seu agradecimento não só ao artista João Pedro Santos pela “grande obra”, como a todos os envolvidos no projeto, incluindo os funcionários da autarquia que trabalharam para a sua execução.

Confessando não ser apreciador de “palavras feitas”, João Pedro Santos partilhou a envergadura do projeto, que envolveu 60 pessoas, na sua génese, com as mais variadas capacidades e valências. O artista destacou o “empenho”, o “interesse e a dedicação” de todos os participantes, que caracteriza como “fenomenal”, sublinhando o crescendo sentido ao longo de todo o processo, durante o qual diz ter visto “algumas pessoas a serem conquistadas” pelo projeto, que demorou dois anos a ser concebido. A estrutura encerra mais de 18 toneladas de aço, tendo implicado todo um trabalho de alteração, corte e soldadura e “muitos conhecimentos”. A obra fez o autor santiaguense sair da sua zona de conforto, visto tratar-se de um modelo de criação diferente do habitual que passa, maioritariamente, por momento a sós, em estúdio, a dedicar-se a arte que só posteriormente fica à vista de todos. João Pedro Santos afirma que “qualquer trabalho de arte é muito sobre o artista em si e este é tudo o que eu sou”. O monumento, diz, é «um convite a explorar o território», uma chamada para desvendar o que o inspira, o envolve e o faz criar. A transposição para uma obra de tal dimensão foi “um desafio muito interessante”, mas que, na sua opinião, atingiu o objetivo pretendido. A localização da cidade de Santiago do Cacém, rodeada pelo mar e pela serra, desafia a querer “conhecer, procurar, a ter aventuras”, primando pela ruralidade e sua ligação “ao campo e à paisagem”, caraterísticas que o artista valoriza e às quais imprime importância.

A cerimónia, que terminou com o descerrar da placa alusiva ao monumento, ficou marcada, também, pela entrega, publicamente e em mãos, do certificado de obra artística, o qual João Pedro Santos confiou ao ainda presidente da Câmara Municipal, Álvaro Beijinha.

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