Carlos Albino: “Acredito que temos um trabalho que fala por si”

Carlos Albino: “Acredito que temos um trabalho que fala por si”

Carlos Albino: “Acredito que temos um trabalho que fala por si”

O socialista diz que “foi feito muito” neste mandato, mas reconhece que ainda “há outro tanto por fazer acontecer”. E explica as prioridades para os próximos quatro anos, nas áreas de educação, habitação, saúde, ambiente e património, mobilidade e segurança

A concretização de pavilhões desportivos nas escolas Fragata do Tejo e secundária da Baixa da Banheira é um dos principais objetivos assumidos por Carlos Albino, candidato do PS à presidência da Câmara Municipal da Moita, a qual conquistou nas últimas autárquicas, depois de um reinado ininterrupto do PCP/CDU de cerca de quatro décadas e meia.
“Acreditamos que, ainda que com toda a burocracia inerente a um investimento global de mais de 3 milhões de euros, será possível no exercício do próximo mandato construir os dois pavilhões”, afirma o socialista, que se candidata a um segundo mandato.
Entre as prioridades para os próximos quatro anos, além de medidas para melhorar o acesso dos utentes à rede de cuidados de saúde primários, Carlos Albino aponta à “requalificação das frentes ribeirinhas” – através de intervenções no Gaio e na praia do Rosário –, à renovação do Parque José Afonso e à criação de ciclovias, a abranger não só a Moita como também Vale da Amoreira, Rosário e Sarilhos Pequenos.
No domínio da habitação pretende baixar “de 23 para 6 por cento” o IVA da construção, para combater “a especulação imobiliária”, concretizar a Estratégia Local de Habitação e “pressionar o IHRU para transferir para o domínio da autarquia os imóveis que tem fechados e prontos a habitar”.

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Anunciou a construção dos pavilhões da Secundária da Baixa da Banheira e da Escola Básica Fragata do Tejo, assim como a requalificação das cinco escolas identificadas como prioritárias, com destaque para a Secundária José Afonso em Alhos Vedros. Tudo isto é para concretizar num mandato?
Acreditamos que, ainda que com toda a burocracia inerente a um investimento global de mais de 3 milhões de euros, será possível no exercício do próximo mandato construir os dois pavilhões. Sendo que a Escola Secundária José Afonso está pendente ainda de dotação financeira por parte do Ministério da Educação. Mas também aqui faremos tudo para que se desenvolva com a maior brevidade, à semelhança dos projetos que temos abraçado. Assim exista financiamento da tutela e faremos acontecer.

A saúde é também apontada como uma das prioridades. Que medidas defende para fixar médicos no concelho, quando fala em criar condições atrativas para estes profissionais?
Instalámos, recentemente, o Conselho Municipal de Saúde, espaço onde queremos, junto dos demais parceiros, identificar soluções para um problema que não é apenas do concelho da Moita. No imediato, o que nós propomos é reabilitar o antigo edifício do Centro de Saúde da Baixa da Banheira, para o colocar no mercado a rendas acessíveis, direcionado a profissionais de saúde, pretendendo, assim, atrair esses profissionais para o concelho. O nosso regulamento, aprovado no dia 24 de setembro último, já prevê a possibilidade dessa atribuição específica.
Queremos ainda avançar com as obras nos centros de saúde, assim a tutela garanta o financiamento. Lembrar que atualmente ainda temos por receber do Ministério da Saúde mais de 1 milhão de euros referente ao novo Centro de Saúde da Baixa da Banheira.

Na área do ambiente e património compromete-se a requalificar a praia do Rosário, a criar passadiços no Gaio e a realizar um investimento de cerca de 1 milhão de euros no Parque José Afonso. Pode detalhar, sucintamente, cada uma destas propostas?
Sempre dissemos que uma das nossas prioridades era requalificar as frentes ribeirinhas. Elaborámos o projeto da marginal do Gaio até à praia do Rosário, temos o financiamento definido, é para avançar o mais rápido possível. Serão passadiços que irão facilitar a circulação pedonal, permitindo circular do sítio das marinhas até ao parque do Gaio, sempre junto ao rio. Requalificar o estacionamento e os equipamentos da praia do Rosário, bem como a estrada que liga o Gaio ao Rosário.
No Parque José Afonso, fruto de décadas de ausência de manutenção, urge dar continuidade ao processo que iniciámos neste mandato, o de dar uma nova vida a este espaço, plantando novas árvores, construindo novos equipamentos e/ou reabilitando os existentes.
O espaço de interpretação ambiental, integrado no Parque José Afonso, que será gerido pelos Escuteiros da Baixa da Banheira, será, certamente, um dos pontos altos daquele local e um espaço de interesse para todos os amantes da natureza. O parque ganhará ainda um novo quiosque junto ao parque infantil, onde queremos também construir um parque canino.

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No domínio da mobilidade elege como prioridades a ciclovia da Escola Profissional da Moita, a ligação da rede ciclável até ao Campo Municipal no Vale da Amoreira e a ciclovia a ligar Rosário a Sarilhos Pequenos. Porquê?
A segurança das centenas de jovens que utilizam, diariamente, o percurso pedonal até à Escola Técnica e Profissional da Moita é uma prioridade para nós, pelo que a construção de uma ciclovia naquele local é emergente.
Quanto ao Vale da Amoreira, não tem, na sua área geográfica, qualquer ciclovia. Tendo uma das avenidas mais bonitas do concelho e sendo o local com a população mais jovem, queremos investir também aqui na área da mobilidade urbana, fomentando o uso da bicicleta em detrimento do automóvel. Um dos objetivos é, igualmente, servir a escola secundária e o campo municipal que recentemente foi renovado.

Qual o objetivo a que se propõe na área da habitação para os próximos quatro anos?
Na área da habitação, querendo renovar o tecido urbano do concelho, vamos avançar para a concretização das Operações de Reabilitação Urbana. Este será o passo natural que se segue às Áreas de Reabilitação Urbana, onde uma das vantagens prende-se com o facto do IVA da construção passar de 23 para 6 por cento. Acredito que isso permitirá fazer da Moita um concelho mais atrativo à construção quando comparado com os seus vizinhos, combatendo ainda a especulação imobiliária a que assistimos. 
Iremos continuar a concretizar a nossa Estratégia Local de Habitação e a pressionar o IHRU para transferir para o domínio da autarquia os imóveis que tem fechados e prontos a habitar, no concelho, para que mais famílias possam ter, no imediato, acesso a habitação condigna.
A nível do privado, continuaremos a trabalhar para atrair investimento, na área da habitação, para todos os segmentos de mercado, com especial atenção para os imóveis a preços acessíveis.

Na área da segurança avançou que pretende reconverter o antigo edifício da educação para habitação a preços acessíveis para profissionais das forças de autoridade. Para PSP e GNR? Acredita que desta forma a tutela colocará mais efetivos no concelho?
Acredito que será mais fácil fixar militares da GNR e agentes da PSP no nosso concelho. Isso irá, certamente, facilitar o trabalho da tutela, permitindo ter quadros de efetivos estáveis.

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Se não vencer as eleições, assumirá um lugar na vereação ou renunciará?
O único cenário para o qual trabalho é o de voltar a ser eleito presidente da Câmara Municipal. Acredito que temos um trabalho que fala por si. Em quatro anos de mandato, em que tivemos ainda de lidar com a pandemia, um ataque informático, uma crise inflacionista e a escassez de equipamentos provocada pela guerra, foi um feito atingirmos a quantidade de obras, bem como a qualidade que colocámos em cada intervenção. É com humildade que me proponho a eleições, assumindo o muito trabalho que foi feito e reconhecendo outro tanto que ainda há para fazer acontecer.

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